ASA SUL /

Fiéis celebram o dia da Igreja Nossa Senhora de Fátima, a Igrejinha

Cartão-postal brasiliense comemora 64 anos e teve programação com missas, oração de terço e comidas típicas. A capela, com arquitetura inspirada nos chapéus das freiras da Congregação das Irmãs Vicenta Maria, foi o primeiro templo em alvenaria erguido na capital federal

Renata Nagashima
postado em 29/06/2022 06:00
Comunidade visitou paróquia para participar das comemorações -  (crédito: Renata Nagashima/CB/D.A Press)
Comunidade visitou paróquia para participar das comemorações - (crédito: Renata Nagashima/CB/D.A Press)

A Igreja Nossa Senhora de Fátima na 307/308 Sul, mais conhecida como Igrejinha, completou 64 anos ontem. Para comemorar tantas décadas de história de um dos principais cartões-postais de Brasília, fiéis participaram de missa presidida pelo Frei Reinaldo dos Santos, pároco do templo. A celebração religiosa ocorreu às 6h30, mas outras atividades movimentaram a quadra ao longo do dia. A paróquia promoveu uma programação festiva, com direito a café da manhã e barracas com comidas típicas desta época do ano. Às 15h, uma segunda missa reuniu cerca de 500 fiéis e incluiu um momento de unção dos enfermos.

A capela, com arquitetura inspirada nos chapéus das freiras da Congregação das Irmãs Vicenta Maria, foi o primeiro templo em alvenaria erguido na capital federal. A construção e a inauguração dele são consideradas marcos para a cidade. "A palavra que expressa o dia de hoje é 'gratidão'. Pela data, pela história da Igrejinha e pelo que ela representa. Hoje (ontem), é um dia de muita celebração e emoção. Falar da paróquia mexe com o sentimento do povo, pois faz lembrar aqueles que chegaram e se foram, bem como dos que aqui, hoje, representam eles", afirmou o frei. As festividades de aniversário terminaram com a oração de um terço mariano e com uma terceira missa, celebrada por Dom Joel Portella.

Em 1958, a igreja foi construída em cem dias, em cumprimento a uma promessa de Sarah Kubitschek, pela cura da filha Márcia Kubitschek, que tinha problemas de coluna. A sugestão partiu do presidente de Portugal, Craveiro Lopes, que estava no Brasil à época, e, ao saber da situação, relembrou à primeira-dama a história das aparições de Nossa Senhora de Fátima.

A ideia inicial era construir um grande santuário onde, atualmente, ficam as superquadras 307/308 Sul. Porém, os planos mudaram quando o então presidente da Companhia da Nova Capital (Novacap) informou que precisaria de uma igreja para a cerimônia de casamento da filha. Com isso, o projeto transformou a capela em algo mais simples, no formato conhecido atualmente pelos brasilienses e turistas.

A Igrejinha foi tombada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 7 de dezembro de 1987. O templo, projeto por Oscar Niemeyer, é composto por três pilares que sustentam a laje — inspirada no chapéu das freiras. A parte externa da parede é revestida por azulejos de Athos Bulcão que simbolizam a descida do Espírito Santo e a Estrela da Natividade. Na parte interior, o templo conta com pinturas de Francisco Galeno — aluno do artista italiano Alfredo Volpi, responsável pela primeira obra artística da paróquia.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação