Agressão

Policial Militar que teve mão decepada recebe alta do Hospital de Base

O caso aconteceu na madrugada de sábado, na 905 da Asa Norte, quando o policial militar reformado impediu um homem de agredir a namorada

Edis Henrique Peres
postado em 04/07/2022 10:44
 (crédito:  Reprodução de vídeo)
(crédito: Reprodução de vídeo)

O policial militar reformado Leandro Percivalli Nascimento, de 37 anos, recebeu alta do Hospital de Base na tarde deste domingo (3/7), após passar por uma cirurgia para a amputação da mão esquerda. Leandro teve a mão decepada após defender uma mulher que era ameaçada de morte pelo namorado, armado com um facão, na 905 da Asa Norte. Quando se aproximou do agressor, o homem, identificado apenas como Mateus, de 24 anos, desferiu um golpe contra a cabeça de Leandro, que se defendeu usando a mão esquerda.

Ao Correio, Livia Oliveira, 32, esposa de Leandro, contou que o casal decidiu voltar para outra residência após deixar o hospital. “Achamos arriscado voltar para onde ele morava (onde aconteceu o fato)”, esclarece. A mulher acrescenta que o companheiro está bem. “Se mantendo de bom humor e positivo quanto a tudo o que aconteceu”, destaca.

O caso é investigado como tentativa de homicídio pela 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte). Segundo informações, após cometer o crime, Mateus fugiu com a namorada. Depois do episódio, Leandro diz que espera apenas que o homem seja capturado e que haja justiça. “O que é certo é certo, mesmo que ninguém faça, e o errado é errado, mesmo que todo mundo esteja fazendo”, acrescenta o PM em relação à atitude de salvar a vítima de violência.

Até a publicação desta reportagem, Mateus seguia foragido.

Veja vídeo (imagens fortes):


Relembre

Na madrugada de sábado (2/7), Lívia acordou com os gritos de socorro na vizinhança. Ao olhar pela janela, viu uma mulher correndo e acordou Leandro. O casal afirma que o agressor (Mateus) dizia que ia matar a namorada. “Quando eu levantei, ele estava falando que ia pegar uma arma e encher ela de tiro”, detalha. Leandro conta que é policial militar, e o instinto foi agir. “Ela estava gritando, a primeira coisa que pensei foi em ajudar. Vi que ele não estava armado (com revólver), mas não vi o facão. E aí fui no impulso. Peguei a chave, olhei para o cara e fui neutralizar o risco”, conta.

A partir daí, tudo aconteceu muito rápido. “Ele veio para acertar minha cabeça e eu defendi com a mão. Se não fosse a mão, poderia ter sido muito pior. Por uma fração de segundos, eu poderia nem estar mais aqui”, reconhece.

Esse, contudo, não é o único caso de violência contra a mulher registrado na capital. Até maio deste ano, 3,9 casos de violência doméstica foram registrados, de acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF). A estimativa é de que em cada duas horas, ao menos três mulheres sejam vítimas de agressões psicológicas, físicas ou sexuais.

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