Saúde

Raiva: tire suas dúvidas sobre a doença e a vacinação de animais no DF

Campanha de vacinação contra a raiva continua em 72 pontos de atendimento no Distrito Federal. Desde 6 de julho, mais de 46,2 mil cachorros e gatos receberam doses contra o vírus causador da doença

Correio Braziliense
postado em 13/07/2022 23:39 / atualizado em 13/07/2022 23:43
Infecção pelo vírus pode ser fatal para cães, gatos e humanos  -  (crédito: Breno Esaki/Agência Saúde)
Infecção pelo vírus pode ser fatal para cães, gatos e humanos - (crédito: Breno Esaki/Agência Saúde)

campanha de vacinação antirrábica continua no Distrito Federal, em 72 pontos de 16 regiões administrativas. De 6 a 12 de julho, 46.294 animais, entre cães e gatos, receberam doses contra a raiva, segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF). A pasta destaca que a vacina contra a raiva é a única forma segura de prevenir a infecção pelo vírus da doença.

Tutores de cães e gatos, ao detectarem sintomas de raiva nos animais, devem entrar em contato imediatamente com a Ouvidoria do Governo do Distrito Federal, por meio do telefone 162, ou procurar a Vigilância Ambiental para receber orientações quanto ao que fazer.

Os principais sintomas observados nos pets acometidos pela raiva são: andar cambaleante, pupila dilatada, salivação excessiva, perda do apetite e da sede, bem como agressividade. Vale destacar que matar animais domésticos, com ou sem suspeita de contaminação pela doença, é crime previsto na Lei nº 14.064/2020. As penas incluem desde multa a prisão.

Confira aqui a lista dos locais de vacinação antirrábica para cães e gatos. O atendimento ocorre das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. A estimativa é de que existam 345.033 desses animais no DF — dos quais 89,4% são cachorros. A expectativa da SES-DF é aplicar as doses em, ao menos, 80% do total de bichos. 

Tira-dúvidas

O que é raiva?

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos e pode ser transmitida aos humanos por meio de mordidas, lambidas e arranhões de animais infectados com o vírus.

Como ocorre a transmissão do vírus da raiva para humanos?

O vírus da raiva está presente na saliva de animais infectados e é transmitido, principalmente, por meio de mordidas e arranhões ou lambidas em mucosas e pele lesionada.

Como é a doença em humanos?

O vírus multiplica-se no local da lesão, migra para o sistema nervoso e, a partir daí, para diferentes órgãos, principalmente para as glândulas salivares, sendo eliminado pela saliva. É uma doença que, se não tratada em tempo, pode ser fatal.

Como o vírus circula?

O vírus circula em ambientes domésticos, entre cães, gatos e outros mamíferos; silvestres, entre raposas e macacos, por exemplo; aéreos, entre morcegos, etc.; e rurais, entre cavalos, vacas e demais bichos.

Por que a vacinação dos pets é tão importante?

A vacina antirrábica nos animais é o meio mais eficaz de garantir que cães ou gatos não contraiam raiva e, portanto, não infecte seres humanos.

Qualquer pet pode tomar a vacina?

A vacina é aplicada em cães e gatos com mais de 3 meses, desde que estejam saudáveis. É necessário que a imunização seja reforçada anualmente. A vacina antirrábica é gratuita e está disponível nos 13 núcleos de Vigilância Ambiental e na Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Meu pet parece doente. Ele pode ser vacinado?

Não. A vacina antirrábica só pode ser aplicada em animais saudáveis. Na dúvida, procure um dos 13 núcleos de Vigilância Ambiental ou a Diretoria de Vigilância Ambiental. 

Quais os sinais mais comuns da doença nos pets?

O sinal mais evidente é a mudança repentina de comportamento. O cão ou gato pode apresentar agressividade, tristeza ou cansaço em excesso. Os animais infectados podem salivar mais do que o normal e apresentar paralisia. Além disso, podem recusar água e alimento.

O que devo fazer se um animal me morder ou arranhar?

É imprescindível higienizar a área que pode ter sido contaminada. Lave-a com água corrente e sabão, para reduzir a possibilidade de propagação do vírus. Procure a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima para receber o primeiro atendimento e passar por avaliação adequada.

O que fazer com o animal que me mordeu ou caso meu pet apresente sintomas suspeitos?

Não mate ou maltrate o animal agressor. Ele deve ficar em observação durante 10 dias, em local seguro, para não fugir nem atacar pessoas ou outros animais. Verifique se ele apresenta algum sinal suspeito de raiva. Caso não seja possível observar o animal em casa, encaminhe-o ao canil da Gerência de Vigilância Ambiental Zoonoses (Gvaz), da Secretaria de Saúde. Contato: pelo telefone 61 2017-1342, pelo Disque Saúde (160) ou pelo e-mail zoonosesdf@gmail.com.

Como saber se peguei raiva?

Em caso de agressão por algum animal, procure a unidade de saúde mais próxima a você. Observe sinais como alteração de comportamento, desorientação, agressividade e confusão mental; espasmos ou mal-estar geral.

Como posso me prevenir?

Além de vacinar seu cão e gato, é importante evitar mexer com animais desconhecidos ou sem tutores, principalmente quando eles estiverem se alimentando, com filhotes ou dormindo.

O que devo fazer se estiver com suspeita de ter contraído a doença?

Em caso de suspeita de raiva, é fundamental a comunicação para acompanhamento e análise. Você pode se dirigir a uma UBS e procurar atendimento.

Tenho cachorro e/ou gato. Devo tomar a vacina antirrábica?

Não. Caso haja suspeita ou confirmação de exposição ao vírus, deve-se procurar uma unidade de saúde e, de acordo com as características do ferimento e do animal envolvido, um médico indicará ou desaconselhará a aplicação da vacina.

Existe um protocolo de vacinação para humanos?

Sim. A pessoa mordida ou arranhada por algum animal pode procurar a unidade de saúde mais próxima, para não interromper o tratamento indicado. O profissional de saúde indicará o esquema vacinal adequado, o qual deve ser seguido conforme orientação médica.

Quem deve tomar o soro antirrábico?

O soro antirrábico é indicado em casos de exposição grave ao vírus, por meio de mordida ou lambida provocada por animal com suspeita da doença. Quem determinará a necessidade de uso do soro antirrábico será o profissional de saúde. É fundamental notificar a unidade de atendimento caso o animal agressor morra, desapareça ou se torne raivoso, com comportamento diferente do comum.

Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação