Alerta

Secretaria de Saúde confirma 1º caso de raiva humana após 44 anos no DF

Com o caso, SES decidiu antecipar Campanha de Vacinação Antirrábica no DF

Renata Nagashima
postado em 05/07/2022 16:12 / atualizado em 05/07/2022 17:04
A única notificação na capital em relação a doença em humanos tinha sido em 1978 -  (crédito: Fiocruz/reprodução)
A única notificação na capital em relação a doença em humanos tinha sido em 1978 - (crédito: Fiocruz/reprodução)

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou, nesta terça-feira (5/7), o segundo caso de raiva humana na história do DF. Até então, de acordo com a pasta, a única notificação na capital tinha sido em 1978.

Por conta do caso, a SES-DF decidiu antecipar o início da campanha de vacinação antirrábica, a partir da próxima quarta-feira (6/7). A pasta deve divulgar mais informações sobre locais de vacinação na tarde desta terça-feira (5/7).

A raiva é uma doença zoonose — que passa dos animais ao homem e vice-versa —, transmitida por um vírus mortal que envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução. A transmissão da doença ocorre quando os vírus da raiva existentes na saliva do animal infectado penetram no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura.

Sintomas da doença

Nos humanos, os sintomas são transformação de caráter, inquietação, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura; essas alterações duram de 2 a 4 dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por 2 a 3 dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.

Em animais, há dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares, paralisia das patas traseiras. Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”, e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais. De acordo com a SES-DF, o último caso diagnosticado de raiva em cães foi em 2000 e, em gatos, no ano de 2001.

Como se prevenir

– levar os animais domésticos para serem vacinados contra a raiva, anualmente;
– procurar sempre o Serviço de Saúde, no caso de agressão por animais;
– manter seu animal em observação se ele agredir alguém;
– não deixar o animal solto na rua e usar coleira/guia no cão ao sair.

Como colaborar com os Serviços de Saúde nas medidas de controle de raiva:

– notificar a existência de animais errantes nas vizinhanças de seu domicílio;
– informar o comportamento anormal de animais, sejam eles agressores ou não;
– informar a existência de morcegos de qualquer espécie;
– providenciar a entrega de animais para coleta de material para exames de laboratório, nos casos de morte dos animais com suspeita de raiva ou por causa desconhecida.

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