Violência

Garis são agredidos enquanto trabalhavam na Asa Norte; veja o vídeo

Agressor teria acusado os trabalhadores de terem filmado mulheres fazendo ginástica. Garis afirmam que estavam usando aparelho de GPS

Darcianne Diogo
Renata Nagashima
Arthur de Souza
postado em 14/07/2022 17:54 / atualizado em 14/07/2022 17:54
Imagens da câmera de segurança mostraram momento da agressão -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Imagens da câmera de segurança mostraram momento da agressão - (crédito: Material cedido ao Correio)

Dois garis foram agredidos enquanto trabalhavam, na manhã de quarta-feira (13/7), na 712 Norte. A câmera de monitoramento de um local próximo flagrou o momento em que o trabalhador da empresa Valor Ambiental é surpreendido por um homem de 47 anos, de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que aparece nas imagens já partindo para cima das vítimas. Confira:

Ainda segundo a PCDF, o fato teria acontecido por volta das 9h, na SCRLN 712. Em depoimento à corporação, o gari afirmou que estava utilizando um GPS para monitorar o percurso que fazia durante a limpeza. Em seguida, o agressor teria chegado perto dele e começado a gritar, acusando o gari de ter filmado sua esposa, que estaria fazendo ginástica em um local próximo.

"A gente trabalha numa área mapeada, onde fazemos nosso trajeto temos que marcar o percurso todinho através de um GPS. A gente vai executando nosso serviço, um varrendo ali e um catando e passando no GPS para localizar onde foi feito o trabalho”, explicou o gari agredido, que preferiu não se identificar.

Ao Correio, a vítima contou que, ao finalizarem um trecho, eles pegaram o aparelho para fazer a marcação. “Tinha uma mulher fazendo ginástica e como a gente levantou o GPS, ela deve ter falado para o marido que meu colega estaria filmando ela. Nós, sem saber de nada, terminamos o percurso ali. Saímos e descemos a outra rua”, relata.

Alguns minutos depois, os garis foram surpreendidos por um homem que chegou de carro pedindo o celular dos trabalhadores. “Ele fechou a gente e começou a abordar, pedindo celular e falando que a gente estava filmando as mulheres. Meu colega ainda tentou explicar, mostrou o GPS e disse que estava marcando meu colega. Mas ele estava muito agressivo e de repente eu me assustei com um murro nas costas de outro homem, que chegou por trás”, conta o gari.

De acordo com as vítimas, o agressor os acusou de terem filmado a mulher dele e não aceitou a justificativa dos garis. “Depois que me deu o murro nas costas, ele já partiu para cima do meu amigo, pegou a vassoura de trabalho da gente e começou a bater com essa vassoura, além de dar murros e tapas”, disse a vítima. Algumas pessoas que passavam pela rua chamaram a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Todos os envolvidos foram levados para a 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), onde a ocorrência foi registrada como lesão corporal. O agressor assinou um Termo Circunstanciado e foi liberado em seguida.

As vítimas agora pedem por justiça. “A gente chega no nosso local de serviço todo dia às 7h, para isso saímos de casa às 4h. A gente só quer respeito e justiça”, completou.

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