Entrevista

"Precisamos de gestores no GDF", defende vice-presidente regional do PSD

Virgílio Neto reforça pré-candidatura de Paulo Octávio ao Palácio do Buriti e busca siglas para fechar alianças. Convenção da legenda será nesta sexta-feira (5/8)

Isac Mascarenhas*
postado em 04/08/2022 05:48
Virgílio Neto, vice-presidente do PSD-DF -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Virgílio Neto, vice-presidente do PSD-DF - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

De fora da chapa de Ibaneis Rocha (MDB), apesar da boa relação com o político, o presidente do PSD no Distrito Federal, Paulo Octávio, anunciou a pré-candidatura a governador na semana passada. Com dois dias até a data-limite das convenções, ainda há espaço para mais costuras políticas, o que coloca dúvidas sobre a continuação do empresário na disputa. Apesar disso, o vice-presidente da sigla no DF, Virgílio Neto, foi enfático ao confirmar o lançamento do nome do correligionário.

Nessa quarta-feira (3/8), em entrevista ao CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília — o dirigente afirmou à jornalista Ana Maria Campos que a sigla tem conversado com outros partidos, na tentativa de fechar uma coligação. A convenção da legenda de centro-direita está marcada para sexta-feira. "Com certeza, não estaremos sozinhos", ressaltou Virgílio.

A ideia de que o ex-vice-governador Paulo Octávio fosse candidato a governador foi sua, é isso mesmo?

Somos nove pré-candidatos a deputado federal e, há tempos, temos plantado essa semente. O Paulo tem uma história política muito importante no Distrito Federal. E, hoje, precisamos de gestores no governo. Há dois mandatos, estamos sem essa gestão, precisando de dinheiro e renda. Paulo Octávio é um grande empresário de sucesso. Já ocupou cargos importantes, foi deputado federal e vice-governador, tem todas as prerrogativas (para ser governador). Hoje, nós precisamos de um nome, e ele é um nome excelente.

O PSD está na base de Ibaneis com distritais que apoiam o governador. Mas, na chapa montada por ele, faltou um espaço para a sigla. Isso deflagrou o processo ou vocês já pensavam em uma candidatura?

Nós já analisávamos uma (candidatura) com o Paulo há muito tempo e queríamos que ele fosse candidato. É lógico que o PSD é um partido muito grande. Somos o quarto maior e o quarto com mais tempo de televisão. E, (no DF, a sigla) tem um presidente com uma história fantástica, que é o Paulo Octávio. De maneira alguma ele poderia ficar fora de uma composição majoritária. Vimos que isso aconteceu, e nossa ideia é que o Paulo seja a cabeça dessas chapas.

O Paulo Octávio esteve no CB.Poder e, várias vezes, falou sobre o projeto que tinha para a campanha. Ele dizia que queria voltar para o Senado, onde sempre esteve. Esse projeto está afastado?

Isso não existe. É governador e governador. Não tem como voltar atrás. Realmente, houve esse comentário no passado, há poucos meses, para colocá-lo no Senado. Mas ele foi ouvindo as ruas. Não estamos lançando o Paulo por lançar. Faço um trabalho social nas pontas do Distrito Federal, conheço a periferia, e o nome dele é super bem aceito, enquanto o governador (Ibaneis Rocha) tem uma rejeição altíssima. Em poucos dias, quando lançamos o Paulo, na semana passada, ele já estava despontando em tudo quanto era pesquisa de blog, na internet, o nome dele está em cima. E temos pesquisas mais sérias, que o mostram em um segundo turno. Então, é mais do que viável a candidatura dele. Eu até citei isso, que ele tem de ter essa responsabilidade. Brasília precisa de alguém com a capacidade dele porque, pelo que tem se mostrado por aí, infelizmente, acho que vamos ficar sofrendo por mais quatro anos.

O PSD conseguirá fazer coligação com outros partidos? Com que siglas vocês vão contar? Ou vão sozinhos, se necessário?

Se necessário, vamos sós. Mas, com certeza, não estaremos sozinhos Temos tido várias conversas, há vários partidos chegando. Ontem (terça-feira) mesmo, com a retomada do Pros para nossa base. Com certeza, (essa sigla) estará no nosso grupo. E outros partidos, sobre os quais não vou entrar em detalhes, até para não atrapalhar as negociatas. Mas não tenham dúvidas de que teremos uns quatro ou cinco partidos andando junto.

O senhor tem ideia de quem pode ser o vice ou a vice, além do candidato ou da candidata para o Senado?

Conversamos com bastantes pessoas e pré-candidatos que se colocaram, como os Belmonte (Paula e Luís Felipe); a Leila (Barros), que esteve conosco; o (José Antônio) Reguffe... Ainda não sabemos. Isso é um tabuleiro de xadrez. No dia 5 (data da convenção do PSD), saberemos quem será o vice e o candidato ao Senado. Não há nada definido.

O senhor acha que o José Roberto Arruda se uniria ao Paulo Octávio?

Sim. Acho que eles tiveram algumas conversas. Tudo é possível, mas não sei se, na posição do Paulo, abriria mão da cabeça de chapa. O Paulo é candidato ao Governo do Distrito Federal e pronto. Não tem como voltar atrás.

 

*Estagiário sob a supervisão de Jéssica Eufrásio

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