Eleições

Candidata ao Senado, Yara Prado quer levar a luta feminina para a pauta

Candidata ao Senado pela federação PSDB-Cidadania quis ser médica veterinária, mas encontrou na maquiagem uma nova chance de recomeçar. Hoje, ela cuida do marido diagnosticado com ELA, além de ser influencer nas rede sociais

Eduardo Fernandes*
postado em 08/09/2022 15:41 / atualizado em 08/09/2022 17:21
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

Yara Prado, candidata ao Senado pela federação PSDB-Cidadania carrega marcas de uma vida com muitos obstáculos e dificuldades. Ao CB.Poder — programa do Correio em parceria com a TV Brasília —, nesta quinta-feira (8/9), ela contou sobre a entrada na política, a trajetória como influencer e maquiadora, além da doença do marido, diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Em entrevista à jornalista Ana Maria Campos, a candidata comenta que o sonho de carreira era tornar-se médica veterinária, curso que chegou a estudar na Universidade de Brasília (UnB). Mas, em seguida, começou a trabalhar em uma multinacional, na qual ficou por alguns anos. “Na época eu namorava e, um ano antes de casar, meu futuro marido foi diagnosticado com ELA. Casamos, mas com a progressão da doença, ele foi parando os movimentos. Então eu saí do trabalho para me dedicar à família”, detalha.

Nesse meio tempo, para complementar a renda e ajudar em casa, Yara descobriu a maquiagem. Ela se tornou autônoma, até começar a dar aulas como maquiadora e iniciar a capacitação para se tornar empreendedora na área, construindo uma escola para ensinar mulheres. Mesmo com as dificuldades, ainda cuidava do marido quando estava grávida de 6 meses do primeiro filho que tiveram juntos.

Política e história

Diante de tantas dificuldades, hoje ela se comunica com o marido por meio de um software que lê retina, além de uma tabela de linhas e colunas. De tanto se abdicar das coisas, Yara teve problemas de saúde e precisou, ainda, fazer uma bariátrica para emagrecer 40 quilos. Antes, relata que tinha a 'síndrome da mulher maravilha', em que pensava ser capaz de fazer tudo ao mesmo tempo. Mas, hoje, reconhece que está melhor e pronta para levar as experiências que teve para a vida política.

Filiada ao PSDB desde abril, a candidata ao Senado surge com a vontade de fazer a diferença, principalmente no universo feminino, representando a força e a coragem de uma mulher que lutou pelos sonhos, pelo lar e não teve medo de se reinventar. Acumulando mais de 306 mil seguidores em sua conta no Instagram, sonha em conquistar uma vaga, que para muitos pode ser difícil, mas para ela é totalmente possível. “Eu sou da população, vim da população. Minha família não é política. Venho querendo fazer a diferença, estou disposta e acredito na minha capacidade de contribuir”, assegura.

Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação