Justiça concede liberdade a homem que matou adolescente de 14 anos no DF

O corpo de Emily Fabrini de Araujo foi encontrado em um parque de Taguatinga. O delegado responsável pelas investigações aguarda resultado do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) para entrar com pedido de prisão preventiva

Correio Braziliense

postado em 13/09/2022 15:47 / atualizado em 13/09/2022 16:15

(crédito: PCDF/Divulgação)

Em audiência de custódia, a Justiça concedeu liberdade provisória a Vandir Correia Silva, de 21 anos, investigado pelo assassinato de uma adolescente de 14 anos. O suspeito terá que utilizar tornozeleira eletrônica e, de acordo com a decisão da justiça, deve manter o endereço atualizado e ficar em casa das 19h às 5h.

O delegado atualmente responsável pelo caso, Mauro Aguiar, da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), explica que o flagrante do crime foi realizado pela Central de Flagrantes da região, a 12ª DP. “O suspeito é investigado por feminicídio e ocultação de cadáver”, disse. O delegado espera conclusão do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) para dar continuidade às investigações e avaliar a possibilidade de um pedido de prisão.

“É questão de três semanas para ficar pronto o laudo, nós vamos fazer um relatório complementar à Justiça e, a depender do resultado, podemos pedir a prisão do investigado”, salientou Mauro.

O investigador pontua que o Ministério Público e a delegacia de flagrante não pediram a prisão preventiva. “Sem isso, a juíza não pode decretar a prisão do suspeito, é uma norma da legislação”, informou Mauro sobre a liberação do suspeito.

Lacunas em confissão

O delegado acrescenta que o depoimento dado à polícia por Vandir é falho. “Ele diz que estava muito bêbado, não se lembra de nada relacionado aos aspectos da morte dela. Tem várias lacunas no relato dele. Mas chegou a afirmar à irmã e ao pastor que matou ela (Emily). Os laudos vão dizer a dinâmica e responder esses lapsos de memória”, garantiu o investigador.

O corpo da vítima foi encontrado no último sábado (10/9), na Floresta Nacional, em Taguatinga. A mãe tinha relatado o desaparecimento da filha à Polícia Civil do DF (PCDF), quando foi informada da confissão de Vandir a respeito do crime. Uma das linhas de investigação aponta que a adolescente foi morta por asfixia, mas é o resultado do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) que esclarecerá detalhes da noite do crime. A polícia também tenta concluir se houve abuso sexual antes do assassinato de Emily.