Matriz africana

Festival de São Batuque celebra cultura afro no Distrito Federal

Em sua 15ª edição, o evento pretende reunir o público brasiliense com uma extensa programação para celebrar as culturas populares de matrizes africanas

Ana Maria Pol
postado em 18/11/2022 14:16 / atualizado em 18/11/2022 14:17
O Instituto Rosa dos Ventos organiza mais uma edição do Festival São Batuque 2022, uma das mais tradicionais celebrações afro-candangas, que acontece desde 2007, na capital federal -  (crédito: Divulgação/Instituto Rosa dos Ventos)
O Instituto Rosa dos Ventos organiza mais uma edição do Festival São Batuque 2022, uma das mais tradicionais celebrações afro-candangas, que acontece desde 2007, na capital federal - (crédito: Divulgação/Instituto Rosa dos Ventos)

No mês dedicado à consciência negra, o Instituto Rosa dos Ventos organiza mais uma edição do Festival São Batuque 2022, uma das mais tradicionais celebrações afro-candangas, que acontece desde 2007, na capital federal. Em sua 15ª edição, o evento segue até domingo (20/11) e pretende reunir o público brasiliense com uma extensa programação para celebrar as matrizes africanas e populares.

Com realização do Instituto Rosa dos Ventos, fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (SECEC-DF), e apoio da Fundação Palmares, o festival investe na diversidade, característica comum a todas as produções do Circuito Candango de Culturas Populares, do qual faz parte.

Não se trata apenas de um encontro com atrações musicais nacionais e internacionais. São várias atividades com distintos propósitos, distribuídas por diversos territórios culturais, para aproximar ainda mais a população de todas as idades de suas raízes profundas. Entre os espaços, destaca-se a Praça dos Orixás, importante ponto de cultura, ocupado pela Rosa dos Ventos com um calendário anual: Festas das Yabás, Festa das Águas e São Batuque.

A cada ano, o festival apresenta surpresas em sua grade de programação. Nesta edição, que traz de volta a versão presencial, após dois anos de pandemia, não será diferente. Entre as várias artistas, uma reunião feminina de peso ocupa os palcos do evento. A programação conta com a presença de Tamá, referência na cidade como compositora, movimentadora cultural e parte da resistência, e Emília Monteiro, outra referência da música popular brasileira.

Celebração para Exu

O projeto, que celebra as culturas populares de matrizes indígenas e africanas, busca, como tradição, homenagear divindades todos os anos. Nesta edição, será a vez de Exu, o mediador entre os mundos, quem possibilita o convívio fecundo entre as diferenças. Diante disso, o São Batuque 2022 terá uma atividade sagrada de celebração: Toque para Exu com o Coletivo de Yás — um ponto de encontro entre apresentações de artistas, que conta, inclusive, com o relançamento do disco Exu Monumental, de Seu Estrelo.

Além disso, haverá quatro atividades formativas com inscrições via formulário: Oficina de Ervas com Babá Felipe de Logun Edé, Oficina de Dança Cigana com Grupo Alma Cigana, Oficina Aguaria — Agbelas e Sereiada — com Gio Paglia e Júnia Cascaes e, por fim, Oficina de percussão com o artista nigeriano Ìdòwú Akínrúlí. O encontro oferece ainda um bate-papo com mestras e mestres das culturas tradicionais de terreiro, além de uma roda à ancestralidade com Yás do Distrito Federal e a exibição do documentário Terras Diversas.

Ainda terá o Ato pela Praça dos Orixás com Filhos de Axé. E, para as crianças, haverá o Espaço Erê com contação de história e roda de capoeira infantil com o Coletivo Marias Chuás. Já para todos os públicos, apresentações artísticas locais, como Sambadeiras de Roda (grupo composto somente por mulheres), Filhos de Dona Maria, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, bem como nacionais: Renata Rosa convidando Josy Caldas e Ogãn Helder Amendoim.

Serviço: Festival São Batuque 2022

Redes Sociais: https://www.instagram.com/saobatuque/ e https://www.instagram.com/rosadosventosinstituto/.


Programação:

Sexta, 18 de novembro 
18h – Roda à Ancestralidade com Yás do DF
18h20 – Bate-papo com Mestres e Mestras das culturas tradicionais de terreiro
19h – Exibição do Filme Terras Diversas
20h – Coffee Break
Local: Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul

Sábado, 19 de novembro
10h – Atividade sagrada: Toque para Exu com o Coletivo de Yás (DF)
11h – Ato pela praça dos Orixás com Filhos de Terreiro (DF)
16h – Oficina de percussão Ìdòwú Akínrúlí (NG)
16h – Espaço Erê — Contação de História com o Coletivo Marias Chuás (DF)
17h – Roda de Capoeira Infantil (DF)
18h – Bumba Maria Meu Boi com participação de Larissa Umaytá e Emília Monteiro (DF)
20h – Filhos de Dona Maria (DF)
21h – Seu Estrelo (DF)
22h – Renata Rosa convida Josy Caldas e Ogãn Helder Amendoin (PE)

Domingo, 20 de novembro
16h – Oficina Aguaria - Agbelas e Sereiada (DF)
16h – Espaço Erê - Contação de História com o Coletivo Marias Chuás (DF)
17h – Roda de Coco Infantil com Mestra Martinha (DF)
18h – Sambadeiras de Roda (DF)
19h – Zenga Baque Angola (DF)
20h – Samba Candango - Breno Alves convida: Mestra Martinha, Mestre Gilvan e Mestra Tamá, Teresa Lopes (DF).
21h – Awurê (RJ)

*Durante todo o festival, haverá feira gastronômica e feira de artesanato.

 

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