A jornalista Luana Gomes foi vítima de injúria racial enquanto trabalhava como colaboradora de produção no evento "Quintal do Samba", na sexta-feira (9/12), na Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte. A acusada, Priscila Pereira de Oliveira, chegou a ser presa em flagrante, mas foi liberada depois de pagar fiança no valor de R$ 2,5 mil.
De acordo com Luana, chovia muito e Priscila chegou quando a produção não estava mais permitindo a entrada do público, devido ao caos causado pelo tempo chuvoso. No entanto, Luana se solidarizou ao ver que Priscila precisava usar o banheiro com urgência. "Ela chorava muito. Me ofereci para acompanhá-la", relatou.
Segundo a jornalista, a mulher aparentava estar alcoolizada. "Estava alterada, alegando que o evento estava fracassado", contou Luana. "Ao chegar ao banheiro, ela alegou que não precisava mais urinar. "O chão estava molhado e ela estava bêbada. Segurei ela, pois o chão estava escorregadio. Ela pediu que eu não encostasse nela", disse a jornalista.
As duas foram juntas até a saída do evento. De acordo com Luana, assim que saiu, Priscila gritou: "Sua preta desgraçada. Sua macaca". Acompanhada por testemunhas, a jornalista foi até a 5ª Delegacia de Polícia e registrou boletim de ocorrência. Priscila foi presa, mas liberada em seguida após pagar fiança de R$ 2.500.
"Seguirei firme e consciente de onde eu vim e de todos os meus passos com a certeza de onde eu posso e tenho capacidade de chegar! Não só por mim, mas por todas as pessoas pretas como eu, para que juntas possamos combater essa onda de racismo que se espalha pelo nosso país", declarou Luana em postagem nas redes sociais.
O Correio fez contato com Priscila Pereira, mas, por meio da sua advogada, ela informou que não tem nada a declarar, no momento.
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