Enfermidade

Distrito Federal tem quatro casos descartados de varíola dos macacos

Secretaria de Saúde do DF calcula 906 casos descartados de varíola dos macacos, e mais um caso confirmado. Total de diagnósticos positivos chegou a 381

Pedro Marra
postado em 30/12/2022 01:24 / atualizado em 30/12/2022 01:25
 (crédito: Freya KAULBARS / RKI Robert Koch Institute / AFP)
(crédito: Freya KAULBARS / RKI Robert Koch Institute / AFP)

O Distrito Federal registrou, nessa quinta-feira (29/12), quatro casos descartados de varíola dos macacos, o que totaliza 906. O informe epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES) calculou mais um caso confirmado em laboratório, resultando em 381. Há ainda 134 casos suspeitos.

Assim como no último informe epidemiológico, de segunda-feira (26/12), a pasta segue com os 33 casos prováveis registrados. O auge de casos foi em agosto, quando a SES-DF chegou a notificar até 12 casos confirmados e suspeitos.

Por faixa etária, a que tem mais casos está entre 30 e 29 anos com 156 diagnósticos, seguida das pessoas de 20 a 29 anos com 139 casos contabilizados. Os pacientes de 40 a 49 anos contam com 57 casos, e as pessoas de 50 a 59 anos estão com 14.

Entre as regiões administrativas, o Plano Piloto é o que tem mais casos confirmados: 76. Depois vem Águas Claras com 41 e Samambaia com 29. Ceilândia vem em seguida com 28 diagnósticos positivos, à frente do Guará, com 22 casos. 

Perguntas sobre a doença

O que é monkeypox?

É uma zoonose, isto é uma doença de origem animal transmitida para humanos. Trata-se de um vírus infectocontagioso.

Como é transmitida?

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de pessoa para pessoa está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos.

A infecção ainda se dá a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados. O vírus da monkeypox sobrevive por até 90 horas em superfícies.

Por quanto tempo uma pessoa pode transmitir a doença?

O período de incubação do vírus é em média de 5 a 21 dias, com a transmissibilidade sendo do início dos sintomas até o desaparecimento das lesões na pele.

Como se prevenir?

É recomendado que evite contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar bem as mãos.

Não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Entretanto, estes itens poderão ser reutilizados após higienização com detergente comum.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas são erupções na pele e alteração da temperatura corporal acima de 37,5º Celsius. A pessoa também pode ter dor no corpo, na cabeça e na garganta. O período febril tem duração de cerca de 5 dias. Conforme a febre reduz, as lesões na pele começam a aparecer.

Inicialmente, é uma lesão avermelhada, que se eleva e vira uma bolha com presença de líquido incolor, que com o passar dos dias, passa a ter o tom mais amarelado e evolui para um processo de cicatrização, virando uma crosta e depois se rompe da pele. Não há paciente totalmente assintomático. Todas as pessoas contaminadas desenvolvem as lesões na pele.

Qual é o tempo dos sintomas?

As lesões na pele duram de duas a quatro semanas. Casos graves ocorrem com mais frequência entre crianças e pessoas imunossuprimidas e estão relacionados ao estado de saúde do paciente e natureza das complicações.

Quando começa e quando para a transmissão da doença?

O período de transmissão ocorre desde o início dos sintomas até a cicatrização das crostas, que é o estágio final das lesões cutâneas. Durante o período de incubação ou após a cicatrização das crostas não mais transmissão.

Qual a aparência das lesões?

As lesões na pele são bem características, podem parecer com as manchas de catapora e a de sífilis. O diagnóstico deve ser laboratorial. O diretor da Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos, destaca que apenas a presença da lesão não permite um diagnóstico definitivo, tanto para descarte quanto para confirmação do caso.

As lesões ficam para sempre?

Cicatrizes ou áreas de hipocromia ou hipercromia podem permanecer após a queda das crostas. Uma vez que todas as crostas caíram, a pessoa com Monkeypox não é mais contagiosa.

As lesões provocam dor?

As erupções são inflamações na pele, sendo possível sentir dores localizadas nas lesões. Além disso, a doença pode apresentar inicialmente dor muscular, de cabeça e de garganta.

Quais são os locais mais comuns de aparecimento das lesões?

É uma doença de lesões com característica centrífuga. Isso significa que as erupções não se localizam no centro no corpo, mas nas extremidades. É comum que apareçam na face, nos membros inferiores e superiores e nas regiões genitais.

Também é possível tê-las dentro da boca e até mesmo serem confundidas com aftas.

Como é feito o tratamento?

Não há tratamento específico para a Monkeypox. O manejo clínico deve incluir o tratamento sintomático e de suporte, manejo de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo.

Os pacientes devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e devem ser orientados a manter as lesões cutâneas limpas e secas. É importante que a pessoa não tente furar nem cutucar a bolha.

Qual é o grau de letalidade da doença?

Os óbitos são eventos raros nessa doença.

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Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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