Atos antidemocráticos

Decor investigará responsáveis por vandalismo no centro de Brasília

A informação foi confirmada ao Correio pelo diretor do Decor, o delegado Leonardo de Castro. Segundo Leonardo, foi instaurado um inquérito para apurar a ação do grupo criminoso suspeito de organizar, financiar e praticar os atos de vandalismo

O Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil (Decor/PCDF) ficará à frente das investigações dos atos de vandalismo praticados por bolsonaristas na noite de segunda-feira (12/12) na área central de Brasília. Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) causaram destruição na Esplanada dos Ministérios e na parte norte da cidade, incendiando ônibus, carros e depredando prédios e até a 5ª Delegacia de Polícia.

A informação foi confirmada ao Correio pelo diretor do Decor, o delegado Leonardo de Castro. Segundo Leonardo, foi instaurado um inquérito para apurar a ação do grupo criminoso de extrema direita suspeito de organizar, financiar e praticar os atos de vandalismo.

O delegado acrescenta que as investigações foram iniciadas ainda na segunda-feira e estão em andamento, com a oitiva de testemunhas, análise de imagens e outras diligências, no sentido de que as pessoas que cometeram os crimes sejam identificadas e responsabilizadas. Durante os atos, que resultaram em cenas de guerra na área central de Brasília com carros queimados e vias interditadas, ninguém foi preso pela Polícia Militar do DF (PMDF), que tentou controlar os protestos. 

Crime


A confusão começou ao lado da sede da Polícia Federal (PF), na Asa Norte, logo depois da prisão do cacique Serere Xavante, apoiador de Bolsonaro, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O cacique fez parte do grupo de indígenas que invadiu a sala de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília no último dia 2 de dezembro. Os manifestantes tentaram invadir a sede da PF para tentar libertá-lo.

Ao todo, os extremistas atearam fogo em oito veículos — sete foram totalmente consumidos pelas chamas e um de forma parcial. Cinco ônibus foram depredados, sendo que quatro foram tomados pelo fogo, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

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