Manifestações

"É possível afirmar que tem gente do QG envolvida", diz Júlio Danilo

Em reunião com deputados do DF, o secretário de Segurança Pública avaliou o ato antidemocrático desta segunda-feira (12/12)

Arthur de Souza
postado em 13/12/2022 16:25 / atualizado em 13/12/2022 16:43
Deputados cobraram providências ao secretário Júlio Danilo. -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Deputados cobraram providências ao secretário Júlio Danilo. - (crédito: Material cedido ao Correio)

Em reunião com o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Júlio Danilo, na tarde desta terça-feira (13/12), os deputados distritais Arlete Sampaio (PT) e Fábio Félix (PSol), e a deputada federal Erika Kokay (PT) ouviram do gestor da pasta que é possível o envolvimento de pessoas do Quartel General do Exército Brasileiro nos atos antidemocráticos que aconteceram entre a noite de dessa segunda-feira (12/12) e a madrugada desta terça-feira (13/12) no centro de Brasília.

O Correio teve acesso ao conteúdo da conversa entre as autoridades. Segundo o secretário, a SSP estava monitorando o deslocamento dos manifestantes que estavam no QG, no momento em que o indígena José Acácio Serere Xavante — conhecido como Cacique Serere — foi preso pela Polícia Federal (PF). “Percebemos que os manifestantes subiram para a esplanada no exato momento em que ele foi detido. Por isso, é possível afirmar que tem gente do QG envolvida”, cravou Júlio Danilo.

O encontro foi um pedido do distrital Fábio Félix, que pretendia pedir que a SSP-DF dispersasse os bolsonaristas que acampam no QG. No entanto, durante a reunião, o secretário disse que isso não seria possível de forma unilateral. De acordo com Júlio Danilo, o fato de ser uma área de jurisdição militar impede a atuação isolada da SSP. “Pode haver retirada, desde que seja uma ação coordenada com o exército", explicou o secretário.

Questionado pelo distrital do PSol sobre os atos ocorridos na área central de Brasília — que contou com carros e ônibus queimados, além de uma delegacia depredada — o gestor do órgão assentiu, afirmando que os vândalos estão sendo identificados pelas imagens das redes sociais e das câmeras de segurança dos locais que foram alvo dos ataques para, segundo Júlio Danilo, realizar uma “busca ativa aos criminosos”.

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