Economia

Food trucks esperam faturar alto com réveillon e posse de Lula

Food trucks se desdobram entre réveillon e posse presidencial. O setor está animado para a maratona entre a virada de ano e os shows que tomam conta hoje da Esplanada, com público estimado em 300 mil pessoas

Isac Mascarenhas
Raquel Lima*
postado em 01/01/2023 05:36 / atualizado em 01/01/2023 05:39
 (crédito: Redes sociais)
(crédito: Redes sociais)

Os tanques abastecidos, as despensas, cheias, e o óleo nas fritadeiras. Os food trucks da capital se prepararam para a jornada dupla entre ontem e hoje. O entusiasmo é explicado pelo público que a Esplanada dos Ministérios deve receber para a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da SIlva (PT), neste primeiro dia do ano novo: cerca de 300 mil pessoas, segundo o gabinete de transição. O evento ainda vai receber o Festival do Futuro, com shows que devem se encerrar apenas às 3h30 de amanhã. Antes da cerimônia, o centro de Brasília ainda celebrou as festas de réveillon, retomadas após dois anos de pandemia.

A expectativa do setor é de um crescimento de até 100% em relação ao ano passado, além de abertura de mais vagas temporárias. Porém, apesar da previsão positiva de boas vendas, a Associação Brasiliense de Food Trucks acredita que os empresários foram convocados tarde demais para trabalharem nos eventos deste fim de ano. "Muitos já estavam com compromissos para irem para festas em outros lugares", revela o presidente em exercício Marcelo Mazzaro.

Ao todo, a Secretaria de Governo do Distrito Federal (Segov) autorizou 235 food trucks, trailers e barracas para funcionamento temporário no Pavilhão do Parque da Cidade, no Planetário de Brasília, na Granja do Torto, na Asa Sul e na Asa Norte. Um desses carros é a van de Sônia Regina Ferreira. Em 2017, ela decidiu montar uma cozinha móvel para vender o acarajé que aprendeu a preparar com uma amiga baiana, há 20 anos. Trabalhar na virada de um ano para o outro já se tornou normal para a empresária de 51 anos. "É super tranquilo para mim. Eu trabalho conversando, as pessoas se divertindo e nós servindo", comenta a proprietária do Acarajé e Cia.

Este ano, porém, será diferente. Ainda no início da manhã, Sônia e os funcionários estarão preparados para atender quem passar para assistir à posse presidencial. "Vai ser muita gente e estaremos a postos. A expectativa está imensa", anseia. Em comparação a 2021, a empresária espera dobrar a quantidade de acarajés vendidos.

Guilherme de Castro, 29 anos, dono do food truck da Viva Paleteria, está animado. "Nossas expectativas estão a mil, acreditamos que, com esta estimativa de público, teremos uma abertura de ano fantástica." ressalta. Para o evento da posse, o empresário afirma: "O nosso foco integral é a posse. Estamos nos preparando com muito afinco e dedicação, acreditando muito que com as dimensões do evento e a estimativa de público teremos um excelente dia primeiro de janeiro".

Contratações

Além do esforço extra, houve contratação temporária com o intuito de facilitar e atender ao público com a melhor experiência possível. No caso do food truck da Viva Paleteria, a representatividade ganhou protagonismo. "Tivemos um aumento de 40% na presença feminina em nosso food truck", destacou Guilherme.

A equipe do Acarajé e Cia. foi triplicada. Diariamente com cinco funcionários, hoje serão 15. Para evitar uma sobrecarga da equipe, as entradas foram pensadas especialmente para o atendimento e recepção dos clientes na posse. "Acredito que toda pessoa que passar por ali (Esplanada) vai gastar um pouco, não tem como passar muitas horas em shows e não comer", explica Sônia, que vai se dobrar entre cozinheira e garçonete.

Outra alternativa de gastronomia que tem circulado por Brasília e vai estacionar nos próximos dias é o Incrível Burguer. O negócio foi fundado há cinco anos por Cézar Rodolpho Vila Nova, 38, e o sucesso foi tanto que gerou quatro restaurantes fixos. Para este réveillon, o empresário realocou os funcionários das lojas físicas para atender a grande demanda do food truck. "Não trabalhamos no réveillon do ano passado por conta da pandemia. Então a expectativa é muito maior que a do ano passado", avalia.

*Estagiários sob supervisão de Patrick Selvatti

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