CB.Poder

"É uma virada de página nesse país", diz Fábio Félix sobre posse de Lula

Para o distrital, a cerimônia de posse do presidente Lula deu "oxigênio para a política e para a democracia brasileira". O parlamentar também comentou a escolha dos ministros feita pelo petista

Arthur de Souza
postado em 02/01/2023 17:40
Distrital também criticou, durante a entrevista, a escolha do novo secretário de Segurança Pública do DF. -  (crédito:  Mariana Lins )
Distrital também criticou, durante a entrevista, a escolha do novo secretário de Segurança Pública do DF. - (crédito: Mariana Lins )

Deputado distrital reeleito para a próxima legislatura na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), com a maior votação da história, Fábio Félix (PSol) falou sobre a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ele, foi um momento marcante. “É uma virada de página nesse país. A gente atravessou quatro anos difíceis, pela pandemia e por causa de um governo de extrema-direita, que deixou muito a desejar em várias pautas”, disse, ao programa CB.Poder desta segunda-feira (2/1) — parceria do Correio com a TV Brasília.

À jornalista Mariana Niederauer, o parlamentar destacou que essa “virada” é um respiro. “É oxigênio para a política e para a democracia brasileira. Ainda mais porque, nos últimos dias e nos últimos meses, mesmo após a eleição, a gente viveu momentos tensos de tentativa de orquestração de golpe nesse país”, lembrou Fábio Félix, falando sobre os atos antidemocráticos ocorridos no mês de dezembro.

Ministério

O distrital também opinou sobre as escolhas de Lula para a composição do ministério que, de acordo com Félix, trouxe alguns elementos interessantes, como mais representatividade. “A escolha de um nome como Fernando Haddad é algo fundamental e natural, por ser alguém de dentro do PT, e que tem muita proximidade com o Lula”, reforçou. “Também acho que ele é um nome técnico, que tem conhecimento na área econômica e que tem trânsito nos ciclos políticos”, observou o parlamentar.

Fábio Félix também comentou sobre a criação do Ministério dos Povos Indígenas que, para ele, junto à indicação de Joênia Wapichana para a presidência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), é um fato histórico. “Os povos indígenas, historicamente falando, sempre são silenciados da institucionalidade. Agora, você vai ter os povos indígenas comandando as políticas públicas indigenistas do país. Isso é um passo importante”, destacou.

Política local

Ao ser questionado sobre a escolha de Ibaneis Rocha (MDB) pelo ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, para o cargo de secretário de Segurança Pública do DF, Fábio Félix concordou com o também deputado distrital Chico Vigilante (PT), criticando a opção feita pelo chefe do Executivo local.

“Não se trata de uma questão pessoal, mas sim uma questão política. O ministro Anderson Torres fez uma opção política de virar braço direito do ex-presidente Bolsonaro e de conduzir, por exemplo, processos muito graves de criminalização de jornalistas, dentro do Ministério da Justiça”, frisou.

Félix classificou o gesto de Ibaneis como muito “ruim e equivocado” destacando que, ao mesmo tempo em que o governador fez um discurso de conciliação com Lula na sua posse, trouxe o ex-ministro Anderson Torres para a Secretaria de Segurança Pública. “É um gesto, do meu ponto de vista, até de rompimento de relações com o governo federal, em certa medida”, condenou.

Confira a entrevista na íntegra:

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