Justiça

Homem que estrangulou idosa com fio é condenado a 28 anos de prisão

José Paulo Trindade está preso desde julho de 2022, após ficar mais de oito meses foragido. Ele matou Geralda Cândida Santos, 79, estrangulada com um fio de tomada, em dezembro de 2021. O magistrado assinalou que o criminoso agiu com covardia

Darcianne Diogo
Pablo Giovanni*
postado em 04/01/2023 17:52 / atualizado em 04/01/2023 17:55
 (crédito: PCDF)
(crédito: PCDF)

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou José Paulo Trindade, 66 anos, a 28 anos e quatro meses de reclusão por matar Geralda Cândida Santos Nascimento, 79, morta com um fio de telefone enrolado no pescoço, dentro de casa, no início de dezembro de 2021.

Após o crime, José Paulo fugiu. Com mais de 16 passagens, o assassino se tornou um dos criminosos mais procurados do DF, sendo que a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) ofereceu R$ 5 mil de recompensa para quem achar o suspeito. Ele foi preso mais de oito meses depois do crime.

A sentença, assinada pelo juiz Francisco Marcos Batista, da Vara Criminal e do Tribunal do Júri do Guará, foi proferida na quarta-feira (21/12). De acordo com o magistrado, José Paulo é um homem de compleição física avantajada que, ao praticar o crime nas circunstâncias que fez, contra uma idosa que estava sozinha em casa, revelou traços de perversidade e covardia.

No dia do crime, José Paulo se passou por um marceneiro e bateu de porta em porta, na QE 30 do Guará 2. Toda essa ação foi filmada por câmeras de segurança da rua. Geralda estava sozinha em casa quando foi abordada pelo assassino. Ele permaneceu dentro do imóvel de Geralda por 28 minutos. No período, estrangulou a mulher com um fio de tomada. Após cometer o crime, subtraiu um notebook e cartões de crédito e débito, e a quantia de R$ 200 reais, que era o benefício previdenciário da vítima.

José Paulo permaneceu foragido da polícia por mais de oito meses antes de ser preso em Ribeirão Preto por policiais civis da 4ª Delegacia de Polícia (Guará). No município paulista, o assassino usava uma identidade falsa, com o nome de Ivilásio Rodrigues da Silva. 

No interrogatório de fase inquisitorial, José Paulo admitiu que entrou na residência e subtraiu itens da vítima. Ele alegou também ter sido agredido fisicamente pela idosa de 79 anos. Ele afirmou que teria provocado “o desmaio dela”.

O magistrado, então, aceitou todas as qualificadoras da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e condenou José Paulo Trindade a 28 anos e quatro meses de prisão, em regime inicial fechado — ele já cumpria prisão — pelos crimes de latrocínio seguido de morte, além de ter sido praticado contra uma pessoa idosa. Ele já tinha passagens por crimes furtos em residências com o mesmo modus operandi. O Correio não conseguiu contato com a defesa do acusado.

O caso

Após uma intensa investigação de mais de oito meses, policiais civis da 4ª Delegacia de Polícia (Guará) prenderam, na manhã do dia 30 de julho, José Paulo Trindade, acusado de assassinar Geralda Cândida Santos, 79, quando ela estava em casa. Ela foi morta estrangulada com o fio de tomada.

Desde o dia do crime, em 6 de dezembro de 2021, os investigadores iniciaram uma intensa busca por José Paulo. Com mais de 16 passagens, o assassino se tornou um dos criminosos mais procurados do DF. Os policiais viajaram por quatro vezes a São Paulo e inúmeras vezes ao Rio de Janeiro. O Correio apurou que na manhã daquele sábado de prisão, José Paulo foi capturado enquanto caminhava em uma praça, em Ribeirão Preto. "O ponto forte dele, como ele falava, era no Rio de Janeiro, onde moravam os seis irmãos. Mas estava ficando em uma pensão em São Paulo", frisou o delegado-chefe da 4ª DP, Anderson Espíndola.

No município paulista, o assassino usava uma identidade falsa, com o nome de Ivilásio Rodrigues da Silva. "Foi uma investigação ininterrupta. Nossas equipes não pararam. A prisão dele é uma resposta à sociedade", afirmou o delegado.

Após cometer o crime, ele fugiu de ônibus. Em depoimento, o motorista do coletivo disse à polícia que José entrou no ônibus com um corte no rosto, marcas de sangue e sem máscara facial. O motorista pediu para que ele colocasse a máscara, mas o equipamento de segurança foi encontrado na casa da idosa e recolhido pela polícia.

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