Investigação

Caso Isis Tabosa: suposta mancha de sangue foi encontrada em apartamento

Peritos da Polícia Civil (PCDF) analisam supostos vestígios de sangue deixados em uma cortina do imóvel e tentam descobrir se Isis Tabosa, 21 anos, sofreu algum tipo de agressão antes da queda

Darcianne Diogo
postado em 04/01/2023 20:05
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

A morte de Isis Tabosa Araújo, 21 anos, segue cercada de mistérios. A jovem faleceu ao se desequilibrar e cair da varanda de um apartamento do 5º andar, no Condomínio Century Plaza. Peritos da Polícia Civil (PCDF) analisam supostos vestígios de sangue deixados em uma cortina do imóvel e tentam descobrir se a garota sofreu algum tipo de agressão antes da queda. O Correio revelou em primeira mão que o proprietário da residência, identificado como José Américo da Silva Júnior, 42, foi preso em flagrante por favorecimento pessoal e fraude processual, mas acabou solto em audiência de custódia.

Após o incidente, policiais militares foram ao local e, ao entrarem no apartamento, encontraram o imóvel alagado. José Américo estava sentado na cama e contou aos policiais que havia sujado a unidade de café e, por isso, decidiu limpar. Ao lado de um armário havia, ainda, uma marca de sangue, o qual o homem alegou que teria sido por causa de uma queda sofrida no dia anterior.

Quanto às supostas manchas de sangue encontradas na cortina, José afirmou que tratava-se de vinho. Ao ser interrogado sobre quem estaria no apartamento, o homem não soube responder. O Correio revelou que José e o namorado de Isis saíram do apartamento e foram até a garagem do condomínio. Os dois entraram no carro e José assumiu a condução do veículo.

O resultado da perícia deve dizer também se Isis chegou a ser agredida antes de cair. Uma testemunha contou à polícia que viu o momento em que a jovem passou da varanda para a sacada do vizinho. “Parecia que estava fugindo de algo”, contou. Ela tentou abrir a porta da unidade ao lado e, ao perceber que estava trancada, retornou. Foi no momento em que tentava voltar, que Isis se desequilibrou e despencou. Socorristas do Corpo de Bombeiros (CBMDF) foram acionados e tentaram reanimar a jovem, mas ela não resistiu e morreu.

Investigação


A 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) descartou a hipótese de homicídio e esclareceu que aguarda os laudos do Instituto de Criminalística (IC) para a conclusão das investigações. As apurações seguirão em sigilo.

Na tarde desta quarta-feira (4/1), outras três pessoas que estavam no apartamento no dia do incidente foram ouvidas pela polícia. Uma delas é o namorado de Isis, que teria saído do imóvel com José Américo logo após o incidente.

Em entrevista exclusiva à reportagem, o advogado de defesa de José Américo, Sirleison José de Sousa, considerou que a prisão do cliente foi ilegal. “É ilegal porque não há indício da prática de crime doloso contra a vida. A vítima caiu sozinha da sacada. Assim, não estão presentes os requisitos que autorizam a prisão em flagrante”, afirmou.

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