Prisão

Acusado de planejar atentado a bomba perto do Aeroporto se entrega

De acordo com apuração do Correio, ele se entregou à Polícia Civil da sua cidade natal, em Comodoro (MT). Ele é réu por planejar um atentado a bomba próximo ao Aeroporto de Brasília, às vésperas do Natal

Pablo Giovanni*
postado em 17/01/2023 18:05 / atualizado em 17/01/2023 18:05
 (crédito: Material cedido ao Correio)
(crédito: Material cedido ao Correio)

O eletricista Alan Diego Rodrigues, 32 anos, suspeito de participar da tentativa de explodir um caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal, se entregou à Polícia Civil de Mato Grosso. Natural de Comodoro (MT), ele se entregou na unidade de sua cidade natal, na tarde desta terça-feira (17/1).

Alan é considerado nas investigações como mentor do atentado nos arredores do aeroporto. Além dele, o empresário George Washington de Oliveira Sousa, 54, foi preso e confessou que Alan foi o responsável por levar o explosivo ao local. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ainda trabalha para localizar Wellington Macedo de Souza, também acusado de arquitetar o atentado à bomba. Os três são réus na Justiça.

Depoimento

Alan Diego é natural de Comodoro (MT) e trabalha como eletricista. Desde o final de novembro, o homem compartilha, nas redes sociais, os movimentos das pessoas acampadas em frente ao Quartel-General do Exército (QG). Em uma das publicações, Alan filma as palavras de ordem faladas por José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré e preso por atos antidemocráticos.

O homem é citado no depoimento de George como o responsável por deixar a bomba no eixo de um caminhão-tanque, abastecido com 63 mil litros de querosene de aviação (28 mil no primeiro compartimento, e 35 mil no segundo), na Estrada Parque Aeroporto (Epar), em frente à Concessionária V1. Na delegacia, o empresário contou que o plano inicial seria explodir a bomba na subestação de Taguatinga, já que era mais fácil derrubar os postes. George disse que disponibilizaria o artefato e uma mulher, ainda não identificada, se ofereceu para transportar o material ao local indicado.

No entanto, segundo George, "a mulher deu para trás". Foi quando surgiu Alan, que se mostrou disposto e animado com a ideia. “Em posse dos dispositivos, eu fabriquei a bomba colocando uma banana de dinamite conectada a um acionador dentro de uma caixa de papelão, que poderia ser disparada pelo controle remoto a 50 a 60 metros de distância. Eu entreguei o artefato ao Alan e insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade, porque eu não concordei com a ideia de explodi-la no estacionamento do aeroporto”, disse o bolsonarista, durante o depoimento.

A bomba foi deixada na Epar entre 22h de sexta-feira (23/12) e 5h de sábado (24/12). As investigações conduzidas pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) constataram que o suspeito de levar o artefato perambulou por todo esse tempo pelo local para encontrar o melhor local para deixar o material. George afirma que só soube, pela TV, ainda na sexta-feira, e constatou que Alan não seguiu o plano original.

 

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