Combate ao feminicídio

Jane Klebia diz que tudo que é nocivo às mulheres deve ser criminalizado

A afirmação foi feita pela delegada e deputada distrital no debate proposto pelo Correio sobre o Combate ao Feminicídio

Mariana Albuquerque*
postado em 07/03/2023 17:56 / atualizado em 07/03/2023 17:56
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB Press/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB Press/D.A Press)

O Correio promove nesta terça-feira (7/3) o Correio Debate, com tema "Combate ao Feminicídio: uma responsabilidade de todos". Jane Klebia do Nascimento, delegada e deputada distrital, é umas participantes do debate. Klebia afirmou que tudo que é nocivo às mulheres deve ser criminalizado, mas que isso não é o suficiente. 

"Eu acredito que seja importante criminalizar todo e qualquer conteúdo que seja muito nocivo às mulheres. Mas a criminalização das condutas, infelizmente, não tem o poder de fazer cessar. As pessoas falam que feminicidas devem ser presos o resto da vida. Já tendo conversado com estes autores, afirmo que a última coisa que passa na cabeça deles é que eles vão matar e vai ficar preso 30 anos. Isso não passa. Pois ele está tomado de raiva. Em um surto", afirma a deputada.  

Ao lado da delegada, participaram também do segundo painel do debate Thiago Pierobom, titular da 2ª Promotoria de Violência Doméstica em Brasília e colaborador do Núcleo de Direitos Humanos do MPDFT, e Cristina Tubino, presidente da Comissão de Enfrentamento da Violência Doméstica da OAB/DF.

Klebiase diz que muitas coisas já foram feitas em relação ao feminicídio, mas falta fazer muito mais.  "A gente precisa trabalhar na educação e na questão de respeito, respeito de verdade. E respeitar a mulher é uma das coisas mais difíceis. O homem aprende todos os dias que ele é dono, que ele pode, que a mulher que não obedece é desobediente e  não presta. A altivez dela é tida como um grande problema que ele precisa conter. Isso só vai cessar a partir da educação. Agora, a pena pode colocar 100 anos, e ainda assim terá gente que vai assumir o risco e vai matar", afirma a delegada. 

"Então educação precede todo esse processo. O comportamento machista e misógino começa ainda na adolescência e precisa ser contido. Pra mim, isso é parte da educação. Então criminalizar é importante como resposta social, para inibir outros, para fazer justiça pela família, para a pessoa que sofreu com aquela conduta, é importante para elas, mas no sentido de conter a violência, de fazer acabar, pra mim, é a educação", completa. 

O evento tem o objetivo de promover um ambiente de discussão que amplie a agenda de ações locais a uma esfera que ofereça a visibilidade necessária a essa questão, que é humanitária e de interesse nacional. Estão previstos três painéis, com diversos convidados, que vão discutir o assunto.

O terceiro painel, discute o papel da sociedade no combate ao feminicídio. O encerramento tem participação prevista do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli.

*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel 

Notícias no seu celular

O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:

 Clique aqui e acesse a comunidade do Correio no WhatsApp

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE