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"É preciso mostrar os resultados positivos da polícia", defende delegada Jane Klebia

A delegada enalteceu o trabalho desenvolvido nos Núcleos Integrados de Atendimento à Mulher. Atualmente, o DF conta com cinco unidades, em que as vítimas recebem atendimento psicológico, psicossocial e jurídico

Darcianne Diogo
postado em 07/03/2023 18:01 / atualizado em 07/03/2023 18:02
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

No segundo painel do seminário Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos, promovido pelo Correio Braziliense nesta terça-feira (7/4), a delegada da Polícia Civil (PCDF) e deputada Jane Klebia (Agir) comemorou os resultados do trabalho policial na prevenção à crimes de violência contra a mulher e ao feminicídio, mas ressaltou ações que podem ser promovidas para auxiliar na redução desses índices.

O segundo painel teve por tema os avanços na legislação e desafios da implementação. "A minha ideia é trazer recorte da PCDF. Sou otimista a essas situações, mas em violência doméstica tento não ser a mais pessimista, porque sei que muitas iniciativas foram feitas, mas ainda há muito o que trabalhar. Estive por 23 anos na PCDF e há 16 atuando como delegado-chefe. De uma coisa nós sabemos: a delegacia é a porta do poder público mais próximo das pessoas", frisou.

A delegada enalteceu o trabalho desenvolvido nos Núcleos Integrados de Atendimento à Mulher (Nuiams). Atualmente, o DF conta com cinco unidades, em que as vítimas recebem atendimento psicológico, psicossocial e jurídico. Dados levantados pela PCDF mostram que, desde a criação, em dezembro de 2019, os núcleos atenderam cerca de 2.7 mil pessoas. "Aquelas mulheres que receberam atendimento, entre 79% a 85% não retornaram para outras ocorrências. O índice é menor do que aquelas que só fizeram a ocorrência", afirmou.

Correio Debate

O jornal Correio Braziliense promove, nesta terça-feira (7/3), o seminário "Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos". Autoridades e especialistas vão debater formas de enfrentamento à violência contra a mulher, especialmente esse tipo de crime. Com isso, o Correio busca dar sua contribuição para que homens e mulheres tenham os mesmos direitos na prática e não apenas no papel.

Os oito feminicídios ocorridos este ano mostram a escalada da violência — representam 42% do total de 19 ocorrências da mesma natureza registradas em todo o ano de 2022. Todas foram vítimas dos atuais ou dos ex-companheiros.

 Em 2020 e 2021, foram mais 41 casos. O cruzamento das estatísticas oficiais com levantamento de reportagens sobre os casos mais recentes no DF aponta que, em média, os feminicídios deixam 41 órfãos por ano na capital do país.

O evento tem o objetivo de promover um ambiente de discussão que amplie a agenda de ações locais a uma esfera que ofereça a visibilidade necessária a essa questão, que é humanitária e de interesse nacional.

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