CLDF

Empresário diz que doou para campanha de Bolsonaro e se "empolgou no QG"

Adauto Lúcio de Mesquita afirmou que doou dinheiro para campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro e que não se considera influencer para convocar manifestantes ao QG, mas que, durante o acampamento, "se empolgou"

Pablo Giovanni
postado em 04/05/2023 11:21
 (crédito: Pablo Giovanni)
(crédito: Pablo Giovanni)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) ouve, na manhã desta quinta-feira (4/5), o empresário Adauto Lúcio de Mesquita. O empresário disse que doou R$ 10 mil para a campanha do então candidato Jair Bolsonaro (PL).

Mesquita contou que frequentou o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU), de três a quatro vezes e que não esteve no local em nenhum momento de horário comercial. Um vídeo exibido pelos distritais mostra Adauto no QG convocando a população para "não perder a vez" e para "participar".

"Foi um vídeo meu, gravado do meu celular. A gente se empolga, presidente Chico Vigilante. Eu não sou nenhum influencer, não tenho essa capacidade de captar gente (...). Nunca participei de nada da Esplanada. Esse movimento político pacífico no QG, eu fui de três a quatro vezes. Na minha cabeça, nunca imaginei ir para a Esplanada", disse.

Adauto disse ainda que "alguns deputados"  foram no QG e reforçou que ele não participou, apenas "foi". Questionado sobre quais deputados viu no QG do Exército, o empresário disse que não viu ninguém porque pouco passava por lá. "Por mais que tenha essa impressão que o QG tinha muita gente doida, fui lá três a quatro vezes. Não vi, em momento algum, até porque fiquei pouco tempo, vi apenas placas de 'fora não sei quem', 'socorro Forças Armadas'. Diretamente, não contratei nenhuma tenda", disse.

CPI da CLDF

Empresário e dono de uma rede atacadista, Adauto Lúcio de Mesquita é suspeito de ter financiado atos antidemocráticos no Distrito Federal. Ele está sendo ouvido nesta quinta-feira (4/5) na CPI dos Atos Antidemocráticos da CLDF.

Natural de Unaí, o empresário é apontado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ao lado do sócio Joveci Andrade, como um dos financiadores das manifestações. Segundo a corporação, outdoors estampados nas rodovias de Brasília, em dezembro, que apoiaram a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), eram de autoria da dupla. Mas, para despistar, os cartazes fizeram alusão aos jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar.

Além disso, ambos teriam financiado o acampamento de bolsonaristas no Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). Vale lembrar que a desmobilização do acampamento só ocorreu em 9 de janeiro, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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