Serial killer

Juiz descarta absolvição de maníaco Marinésio em caso de importunação sexual

Marinésio é réu por importunação sexual. Na ficha criminal, o serial killer acumula dois feminicídios, além de um estupro de uma adolescente. Ele está preso na Papuda

Pablo Giovanni
postado em 07/06/2023 21:47
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A 2ª Vara Criminal descartou a possibilidade de absolver o serial killer Marinésio dos Santos Olinto em um caso de importunação sexual, no Distrito Federal. Ele é réu no processo, após o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) oferecer denúncia em fevereiro deste ano.

Na decisão, o juiz Romero Brasil de Andrade disse que recebeu a denúncia e a resposta de Marinésio referente a acusação, e que não há elementos para absolver o maníaco. “Confrontando as peças de acusação e defesa, nesta fase, não vislumbro nenhuma das hipóteses de absolvição sumária do réu, nos termos do art. 397 e seus incisos, do C.P.P”, disse o magistrado.

Nesse processo em que é réu, o maníaco pode pegar pena que vai de 1 a 5 anos de cadeia, por praticar contra alguém e sem a sua anuência “ato libidinoso, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia.”

Em sua ficha criminal, Marinésio acumula dois feminicídios, além de um estupro de uma adolescente, em maio de 2020. Em julho de 2022, a Justiça do DF reduziu a pena dele para cinco meses, em um sequestro cometido em agosto de 2019, na Rodoviária de Planaltina. Apesar disso, ele segue cumprindo pena referente ao assassinato de Genir Pereira de Sousa e Letícia Sousa Curado de Melo, que somados dão mais de 70 anos de prisão.

Maníaco em série

Em 21 de junho de 2021, ele foi condenado pelo feminicídio de Letícia Curado. Em um julgamento com mais de 12 horas de duração, os jurados do Tribunal do Júri condenaram o maníaco e o juiz fixou a pena em 37 anos de prisão, em regime fechado. O crime ocorreu em 23 de agosto de 2019, quando a vítima esperava um ônibus em uma parada entre o Vale do Amanhecer e a DF-230. Curado trabalhava no Ministério da Educação (MEC).

Marinésio passou de carro pela parada e ofereceu uma carona à jovem. Dentro do veículo, ele tentou estuprá-la, mas Letícia reagiu. Diante da reação, o homem a estrangulou e ela morreu asfixiada. Letícia deixou marido e um filho.

Em seguida, Marinésio escondeu o corpo da vítima dentro de uma manilha e roubou os pertences da servidora, como uma necessaire, um relógio e um pen drive. Os objetos foram encontrados dentro do automóvel quando ele foi preso em flagrante.

Em julho de 2022, ele foi condenado a 33 anos por estuprar, assassinar e esconder o cadáver de Genir Pereira de Sousa. Marinésio sempre seguiu os mesmos modus operandi para convencer a vítima a aceitar carona. O serial killer cumpre a pena na Papuda.

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