Crime

Polícia prende suspeitos de venderem passagens no BRT da Rodoviária do Plano

Com eles, a polícia encontrou mais de 20 cartões. De acordo com a PCDF, os prejuízos com a venda de passagens ilegais cartões beiram prejuízo de R$ 10 milhões por mês aos cofres públicos

Correio Braziliense
postado em 28/06/2023 20:38 / atualizado em 28/06/2023 23:16
 (crédito: PCDF/Divulgação)
(crédito: PCDF/Divulgação)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde desta quarta-feira (28/6), dois suspeitos, de 26 e 25 anos, e uma mulher, 54, acusados de venderem passagens ilegais, fraudando o sistema de bilhetagem do BRT. Com eles, os agentes apreenderam mais de 20 cartões. O caso ocorreu na Rodoviária do Plano Piloto. Os dois homens têm antecedentes de roubo.

Três homens que vendiam passagens de ônibus ilegalmente são presos

Saiba como se proteger de fraudes na compra de pacotes de viagem para feriados

Servidores do Detran DF fraudam sistema de obtenção de CNH e acabam presos

Batizada de Operação Cartão Vermelho, a operação foi coordenada pela Coordenação de Repressão a Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf/PCDF), em conjunto com a Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle da Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Sufisa). De acordo com a corporação, os prejuízos com a utilização desses cartões beiram R$ 10 milhões por mês aos cofres públicos — de acordo com um levantamento da Secretaria de Mobilidade.

A corporação explicou que a conduta criminosa se perfaz quando os usuários utilizam cartões de terceiros para comercializar ilegalmente as passagens, vendendo os créditos para quem estiver interessado. “O lucro nesta conduta advém da venda irregular das viagens geradas na regra de integração do Sistema de Transporte, onde o usuário com o pagamento do valor de até a tarifa máxima (R$5,50) adquire o direito de realizar mais três embarques, seja no serviço de ônibus, seja no metrô”, disse a PCDF.

Para cada viagem paga pelo fraudador, cada uma delas é revendida para outros passageiros, que não possuem o cartão integração, por R$ 5,50 em dinheiro. “O mesmo modus operandi é aplicado para os demais cartões do sistema de bilhetagem. Isso gera um prejuízo para o GDF, pois, além de deixar de arrecadar o valor da tarifa, para cada registro do mesmo cartão no sistema de bilhetagem é pago para a operadora do serviço de ônibus o valor da tarifa técnica”, completou a corporação.

Condenação

Caso denunciados e condenados, os autores podem ser enquadrados no artigo 171, §3º, do Código Penal (estelionato contra a administração pública). A reclusão prevista é de um a cinco anos, além de multa.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação