Dia dos Pais

Com o Dia dos Pais, vendas no comércio de Brasília devem aumentar em 21%

Pesquisa da Fecomércio aponta que 67,3% dos consumidores do Distrito Federal pretendem comprar presentes para seus pais e já têm ido às lojas

Pedro Marra
postado em 05/08/2023 03:55 / atualizado em 05/08/2023 06:00
Andrelina Pereira estilizou a Cacau Show com caixas de bombons -  (crédito:  Carlos Vieira/CB/D.A. Press)
Andrelina Pereira estilizou a Cacau Show com caixas de bombons - (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A. Press)

Com a aproximação do Dia dos Pais, os lojistas do Distrito Federal decoram as vitrines e apostam em kits de produtos para impulsionar a comercialização de produtos diversos. Segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), o setor espera aumento médio de 21% nas vendas para a data, celebrada este ano em 13 de agosto, em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento indica que 67,3% dos consumidores pretendem presentear os pais e que 68% dos empresários esperam melhorar os resultados.

"Ao analisar a série histórica, observamos que houve uma leve migração de lojistas que esperam 'vendas maiores para vendas iguais, em torno de 5%, enquanto o percentual de vendas menores é o mais baixo dos últimos cinco anos", analisa o presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.

  • Gerente da Agittus Calçados do Conjunto Nacional, Soraia Pereira, 45, apostar em kit com tênis, cinto e carteira Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Andrelina Pereira estilizou a Cacau Show com caixas de bombons Carlos Vieira/CB/D.A. Press
  • Soraia Pereira conta que o sapatênis é um dos mais vendidos Pedro Marra/CB/D.A. Press

Calçados e acessórios serão as opções mais procuradas, com 25,8% da intenções, conforme o levantamento. Em seguida, aparecem cosméticos/perfumes (16,4%), eletroeletrônicos (12,5%), artigos para presentes/souvenirs (10%) e tortas/doces/bombons (8,1%). Os locais mais utilizados pelos consumidores serão as lojas de rua ou bairro e shoppings, que somam 60,3% da preferência.

Para atrair a clientela, grande parte dos lojistas (83%) pretende investir em alguma estratégia. A principal delas será a diversidade de produtos (23%), seguida de divulgação e propaganda (19%), vitrine temática (18%) e promoção (17%). 

Soraia Pereira, 45, gerente da Agittus Calçados do Conjunto Nacional garante que a loja está preparada para atender a demanda expressiva prevista para o segmento. O comércio aposta em kits de cinto, carteira e sapato, a partir de R$ 99. "Os produtos que têm saído muito são o sapatênis e o tênis branco, que causam um visual mais básico e combinam com qualquer look", revela. A comerciária aguarda um movimento intenso a partir de quinta-feira, porque a maioria deixa para comprar o presente perto da comemoração. Segundo ela, o Dia dos Pais é a terceira data mais importante para a loja. "Esperamos aumentar de 10% a 15% as nossas vendas. Aumentando em 10% já está ótimo", destaca.

A Cacau Show do Brasília Shopping investiu em combos. A loja está repleta de caixas estilizadas com a frase "Pai, você é show!", embalando bombons sortidos, de variados sabores, e cestas para cativar os consumidores. "Também temos caixas de chocolate para comer com vinho, com bombons próprios para isso", exemplifica a gerente da unidade, Andrelina Pereira, 45.

Tendo em vista que a previsão é de que 8,1% das vendas serão de tortas, doces ou bombons neste Dia dos Pais, um dos focos da loja será uma caixa de bombons de chocolate ao leite com recheio de brigadeiro, por R$ 22,90 ou R$ 24,90. "Temos um programa de fidelidade, no qual a pessoa leva o produto por um menor valor e aproveita as promoções que temos, como as Caixinhas Mini Show de 108g. Uma custa R$ 34,90 e a segunda sai por R$ 15", explica a gerente.

Preço e qualidade

Sobre as experiências de consumo, o levantamento mostra que o índice de recompra (aponta o principal motivo para o consumidor voltar ao local ou recomendá-lo) aponta que o cliente valoriza desconto/promoção (46%) e qualidade do produto (28%). Os motivos mais comuns para não indicar um estabelecimento são os preços altos (53%) e a falta de produto (19%). O presidente da Fecomércio-DF acredita que o momento revela uma vontade de consumir, mas o cenário ainda impõe cautela dos dois lados, tanto do cliente, quanto do comerciante. "Oferta e demanda estão em um processo de avaliar e ter absoluta certeza de que estamos ou estaremos, em breve, em uma nova fase de crescimento, com bases sólidas", analisa o presidente da Fecomércio-DF.

A promotora de Justiça Ana Magalhães, 55 anos, não faz parte do grupo que deixa para a última hora. Ela foi ao Brasília Shopping, ontem, para providenciar o presente com antecedência para o pai, que tem 88 anos. Como ele faz musculação, ela vai presenteá-lo com um short. Para completar o look em ocasiões mais formais, comprou ainda um cinto para roupa social. "Ele vai para a academia todos os dias, corre na esteira. Então, também sempre dou produtos esportivos para atender as necessidades dele", diz a moradora da Asa Norte.

Responsável pela loja O Boticário, localizada no centro comercial, a consultora Grasielly Brito, 29, percebeu o aumento da clientela, principalmente em busca por perfumes. O carro-chefe da empresa este ano será o lançamento do Malbec Elegant, com floral amadeirado, colocado em kits com desodorante e creme de barbear, a partir de R$ 159,90. "Os pais mesmo já vêm com os filhos para dizerem o que querem e o que não querem", conta a lojista. "O público vai aumentar muito mais este ano diante da retomada da economia depois da crise que a pandemia provocou. Tem sido comum os nossos clientes, com 25 anos em média, virem para comprar para o esposo, que também é pai", revela a comerciante.

Metodologia

Os dados foram coletados pela Fecomércio entre 28 de junho e 19 de julho deste ano. A abordagem dos consumidores se deu de forma aleatória, em diferentes pontos de circulação do DF, com participação de 511 pessoas. A abordagem dos lojistas envolveu 405 empresas.

 


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