Declaração

Ibaneis: prisão de comandante-geral "não mancha" imagem das forças

Durante agenda oficial, governador do DF, Ibaneis Rocha, comentou sobre a prisão do comandante-geral da PMDF, Klepter Rosa, em operação contra atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Governador do DF, Ibaneis Rocha comentou a prisão na manhã desta sexta (18/8) -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Governador do DF, Ibaneis Rocha comentou a prisão na manhã desta sexta (18/8) - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Júlia Eleutério
Pedro Marra
postado em 18/08/2023 11:18 / atualizado em 18/08/2023 11:18

Com a prisão do comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o coronel Klepter Rosa Gonçalves, em operação da Polícia Federal que investiga os ataques antidemocráticos do 8 de janeiro, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), falou sobre o caso em entrevista à imprensa na manhã desta sexta-feira (18/8), durante agenda oficial.

Ibaneis afirmou que esse fato não mancha a imagem das forças de segurança pública do DF. "Tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil, a nossa força de segurança tem todo o nosso respeito e eu acho que isso não mancha", declara o governador do DF.

Para o chefe do Executivo local, a PMDF apresenta um belíssimo trabalho prestado à sociedade do Distrito Federal. "São policiais valorosos que nós temos aqui no Distrito Federal. É considerada uma das melhores polícias do Brasil", complementa.

"Episódio dramático trágico"

Em relação aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro deste ano, Ibaneis acredita que houve um episódio dramático e trágico. "As respostas têm que acontecer ao longo do período do processo do inquérito policial", avalia.

Outro alvo do pedido de prisão é o ex-comandante da PMDF, coronel Fábio Augusto Vieira. As prisões foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles são acusados de omissão pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos contra:

  • Comandante da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves
  • Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues
  • Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra
  • Tenente Rafael Pereira Martins
  • Coronel Fábio Augusto Vieira

Além deles, a determinação do ministro foi de manter a prisão preventiva do:

  • Coronel Jorge Eduardo Naime
  • Major Flávio Silvestre de Alencar 

Saiba quem é Klepter Rosa

Klepter assumiu o maior cargo da PMDF durante a intervenção federal, após os ataques aos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Durante os atos, Klepter era subcomandante-geral da PMDF. Em junho, o militar foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa. Ele foi citado em depoimentos por dar folga ao ex-comandante do Departamento de Operações (DOP), Jorge Eduardo Naime, além de deixar a tropa de sobreaviso, no dia 7.

Na oitiva, Klepter explicou que recebeu informações do Departamento de Operações (DOP) e do 1º Comando de Policiamento Regional (CPR), em 7 de janeiro, de que o efetivo era suficiente. Por isso, parte da tropa foi colocada em sobreaviso. Ele afirmou que repassou essas informações para o então comandante-geral, coronel Fábio Augusto Vieira, sugerindo, então, o sobreaviso, deixando outros policiais disponíveis para substituir os que estavam em campo no 8 de janeiro.

“Em todo momento, mantive contato com o comandante-geral, coronel Fábio Augusto, informando dos fatos que estavam acontecendo (sobre o dia 7). Ele me disse que também tinha ligado para o coronel Paulo José (comandante interino do DOP) e ao coronel Casimiro para tratar sobre efetivo, e que estavam avaliando a evolução da manifestação para emprego de policiamento", declarou, à época.

Klepter acrescentou que, ao longo do dia, um pouco mais tarde, recebeu uma nova mensagem, dizendo que haviam chegado mais ônibus. "O coronel Paulo José, novamente, informou que o policiamento já estava alocado, e que as tropas do CPME estavam empregadas”, disse à CPI. 

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