CONFISSÃO

Pai de criança de 2 anos morta confessa o crime e é indiciado por homicídio

Wagner Pereira da Silva, de 37 anos, confessou que agrediu o filho no dia do crime. O menino foi espancado, teve hemorragia e lesão no pâncreas, que evolui para choque hipovolêmico

Wagner Silva foi indiciado pela PCDF por homicídio qualificado  -  (crédito: Arquivo Pessoal)
Wagner Silva foi indiciado pela PCDF por homicídio qualificado - (crédito: Arquivo Pessoal)
postado em 18/10/2023 20:52 / atualizado em 18/10/2023 21:32

Preso em flagrante, na noite de terça-feira (17/10), o pai da criança de 2 anos, encontrada morta pelo Corpo de Bombeiros, confessou que agrediu o filho no dia do crime. O caso ocorreu numa quitinete no Paranoá, onde o bebe vivia com os pais. O menino foi espancado, teve hemorragia e lesão no pâncreas que evolui para choque hipovolêmico. 

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou Wagner Pereira da Silva, de 37 anos, por homicídio triplamente qualificado pela morte do filho. Perícia realizada pela Instituto de Medicina Legal (IML) aponta que o menino Cássio da Silva Pereira, de 2 anos, foi encontrado morto dentro de casa. Segundo informações preliminares sobre o laudo, o menino apresentava ainda dois ferimentos na região dos olhos, além de várias marcas de violência pelo corpo.

Coletiva

Em coletiva de imprensa, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (18/10), o delegado adjunto da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Bruno Cunha Carvalho, contou que o pai confessou na oitiva ter agredido a criança em outras ocasiões, e também naquele dia, desferindo contra ela tapas no rosto e na região do abdome. Ele não esboçou nenhum tipo de reação na hora do interrogatório, se mantendo frio e sem demonstrar nenhum tipo de sentimento, como remorso ou arrependimento.

O delegado ainda afirmou que a mãe do menino, Patrícia Viriato da Silva, 25, que está grávida de 8 meses afirmou que tanto ela quanto o filho sofriam agressões constantes por parte de Wagner. A mulher disse aos investigadores que o marido agredia o filho, porque tinha problemas psicológicos e também com a intenção de punir alguma eventual desobediência e que ela sempre o advertia, mas que tinha medo de Wagner e queria salvar o casamento.

Patrícia disse ainda que sofria violência por parte do companheiro e chegou a registrar um boletim de ocorrência pela Lei Maria da Penha e depois o retirou.

Patrícia informou, na delegacia, que, no dia crime, saiu de casa por volta das 6h da manhã e foi até Universidade de Brasília (UnB), onde cursa Ciências Sociais. Ela disse que quando saiu o filho estava bem, mas por volta das 7h30, recebeu mensagem de texto do marido informando que a criança não passava bem, ela retornou para casa e percebeu que o garoto estava morto, foi quando então, acionou o Corpo de Bombeiros Militar. Porém, quando os socorristas chegaram na residência, a criança estava sem os sinais vitais e o óbito foi declarado no local.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Wagner vai passar por audiência de custódia, nesta quinta-feira (19/10). 

  

  •  18/10/2023. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF. Coletiva de imprensa do caso do menino de 2 anos que morreu em casa no Paranoá. Delegado adjunto da 6ª DP Bruno Cunha Carvalho.
    18/10/2023. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Coletiva de imprensa do caso do menino de 2 anos que morreu em casa no Paranoá. Delegado adjunto da 6ª DP Bruno Cunha Carvalho. Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press
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