Covid-19

Idosos buscam postos de vacinação para reforço contra a covid-19

A campanha de vacinação contra a covid-19 segue a todo vapor no Distrito Federal. No posto da Rodoviária do Plano Piloto, a demanda pela dose de reforço tem sido alta

Jeová Batista, 74, tomou o reforço na Rodoviária do Plano Piloto.
Jeová Batista, 74, tomou o reforço na Rodoviária do Plano Piloto. "A vacina gera proteção e é gratuita". - (crédito: Camila Coimbra )
postado em 12/12/2023 03:00

A vacinação de reforço da Pfizer bivalente começou a ser aplicada no Distrito Federal, na última sexta-feira. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), ao todo, são 102 postos de vacinação. De acordo com recorte feito pelo Ministério da Saúde, até ontem, às 16h31, foram aplicadas 602.732 doses do imunizante na população brasiliense.

A SES ressalta que a disponibilização da vacina é dinâmica e pode sofrer modificações de acordo com a demanda. A orientação é que o usuário, antes de sair de casa, verifique as informações para evitar ir a um posto que não está vacinando. O Correio foi a alguns locais para verificar o desdobramento da campanha. As UBS 1 e 2 do Cruzeiro, e o posto de vacinação da Rodoviária do Plano Piloto estão vacinando normalmente, das 8 às 17h. De acordo com uma funcionária da unidade localizada no terminal central, que preferiu não se identificar, a demanda pela vacina de reforço da bivalente está alta, e o público que mais tem procurado pelo reforço são os idosos.

O assistente de laboratório de fotografia, Jeová Batista, 74 anos, relatou a importância de renovar a vacina. "Precisamos ter cuidado com a saúde. A vacina não é 100% eficaz, mas gera proteção e não custa nada, é gratuito. Vale a pena, todas as pessoas devem se vacinar", afirmou o idoso.

Vacinada ontem, a aposentada Nilza Antunes, 75, contou que viaja bastante, e sempre tomou todas as doses desde a primeira. "Desde pequenos, nossos pais vacinam a gente contra todas as doenças. Se estou com esta idade e bem de saúde foi por conta desse cuidado", ressaltou.

No posto da 114 norte, entretanto, há relatos de problemas na aplicação da vacina. José Alves Coelho, 73, reclamou da demora, dizendo que esteve na unidade, ontem, três vezes e, apenas na última, conseguiu tomar a nova dose. "A primeira vez que eu cheguei foi às 8h e já tinha ao menos cinco idosos esperando, sentados na porta da sala de vacinação. Fui buscar informação e fui mal atendido pelo funcionário, que disse não ter a vacina. Voltei novamente às 11h e ainda não tinha. Estava voltando para casa, por volta de 16h, e percebi o movimento de pessoas no posto. Só agora estou conseguindo me vacinar", detalhou o aposentado, que teve leucemia e redobrou os cuidados com a saúde.

A vacina

Para se vacinar, é necessário levar documento de identificação e, se possível, o cartão onde constam as doses recebidas contra a covid-19. A Pfizer bivalente está disponível para todas as pessoas com 18 anos ou mais, além de moradores de instituição de longa permanência com 12 anos ou mais; pessoas imunocomprometidas, também a partir dos 12 anos; e gestantes e puérperas, inclusive as menores de 18 anos. As pessoas imunocomprometidas precisam levar laudo ou relatório médico comprobatório.

A Pfizer bivalente será aplicada a partir de quatro meses da última dose de reforço ou da segunda dose. Quem não tiver recebido a primeira ou a segunda dose terá que iniciar o esquema vacinal com a dose monovalente, também disponível. Uma dose de reforço da vacina bivalente é recomendada para pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos de idade que tenham recebido a última dose da vacina há mais de seis meses.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram identificadas duas novas variantes: JN.1 e JN.3. A primeira delas foi detectada no Ceará e, globalmente, tem aumentado a proporção, atingindo 3,2% das detecções no mundo. A segunda variante, além de também identificada na região Nordeste do país, está sob investigação em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás nos últimos meses. Atualmente, as novas variantes já foram detectadas em 47 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

*Estagiários sob a supervisão de Patrick Selvatti

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->