festas de final de ano

OAB/DF lança campanha contra soltura de fogos de artifício com barulho

O objetivo da iniciativa é conscientizar sobre os impactos negativos causados por esses artefatos a pessoas com sensibilidade auditiva e animais

O barulho de rojões e fogos de artifício pode causar pânico em pessoas autistas e em animais -  (crédito: Ray Hennessy/Unsplash)
O barulho de rojões e fogos de artifício pode causar pânico em pessoas autistas e em animais - (crédito: Ray Hennessy/Unsplash)
postado em 20/12/2023 14:08

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) lançou, nesta quarta-feira (20/12), a terceira edição da campanha “Diga não aos rojões e fogos de artifício com barulho”. O objetivo da iniciativa é conscientizar sobre os impactos negativos causados por esses artefatos a pessoas com sensibilidade auditiva e animais.

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Autismo da OAB/DF, Flávia Amaral, ressalta que é fundamental haver empatia e responsabilidade nas festas de final de ano. “É muito importante fazer o processo de conscientização das pessoas para que não utilizem rojões e fogos de artifício com barulho, fomentar informação sobre a sensibilidade auditiva do autista nos locais em que realizarão eventos. Os momentos de celebração podem ser comemorados de outra maneira, porque mesmo com as medidas de proteção das famílias, uma crise ainda pode ser desencadeada, e isso gera não apenas crises para os autistas, mas gera todo um desgaste familiar nesses momentos", afirma a advogada.

Nos animais, o barulho dos rojões e dos fogos de artifício pode fazer com que eles se machuquem ou sejam atropelados ao tentar fugir do susto. Em caso de pânico, animais domésticos e silvestres podem sofrer parada cardiorrespiratória e morrer. A vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais, Ana Paula Vasconcelos, lembra que já existe a Lei Distrital nº 6.647/2020, que define critérios mínimos de segurança dos artefatos, mas as normas são insuficientes. 

“Como não foi possível entrar em um consenso e isso ainda é objeto de discussão judicial, o que precisamos agora é que a sociedade se conscientize e entenda que minutos que euforia custam vidas e saúde mental de humanos e não humanos. Orientamos que mantenham seus animais em locais seguros e sob supervisão constante, para evitar tantas tragédias que sempre são noticiadas", pontua Ana Paula.

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