Crime organizado

Inimigos de Marcola planejaram explodir prédio do Depen em Brasília; entenda

Em fevereiro o trio foi expulso do PCC e condenado à morte pela cúpula da organização criminosa

Concurso Depen -  (crédito: Depen/Divulgação)
Concurso Depen - (crédito: Depen/Divulgação)
postado em 31/03/2024 17:29

Segundo investigações da Polícia Federal, três rivais do traficante Marcola, assaltante de bancos considerado pelo estado de São Paulo como líder da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), planejavam explodir o prédio do antigo Depen (Departamento Penitenciário Nacional), no Distrito Federal. As informações são do Uol.

A ação teria sido planejada em 2018 por Roberto Soriano, o Tiriça, Abel Pachedo de Andrade, o Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, quando ainda eram líderes do PCC. Em fevereiro, o trio foi expulso do PCC e condenado à morte pela cúpula da organização criminosa após chamar de delator Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

De acordo com as investigações, o plano começou em junho de 2017 e foi descoberto após Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, dizer a Vida Loka, quando ambos estavam em celas de castigo na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), que era necessário cometer ações violentas nas ruas para desestabilizar o SPF (Sistema Penitenciário Federal) e ter atendidas as reivindicações dos presos.

Ao ser transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho (RO), Vida Loka compartilhou as ideias de Beira-Mar com os comparsas Tiriça e Andinho e propôs o planejamento de uma ação ainda mais ousada.

O objetivo era colocar um carro-bomba, com 50 kg de explosivos C-4, na garagem do antigo prédio do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), hoje chamado de Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais). Dentro do veículo haveria um envelope contendo uma lista com 10 reivindicações endereçadas ao diretor do Depen.

O plano chamado de "Pé de Borracha" foi descoberto pelo setor de inteligência do Depen que encontrou bilhetes com os detalhes das ações nas caixas de esgoto das celas dos envolvidos. Os agentes apuraram que as mensagens seriam levadas às ruas por mulheres de outros detentos.

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou os envolvidos à Justiça Federal de Rondônia, pelo crime de associação à organização criminosa.

Atualmente, Marcola e os rivais Tiriça, Andinho e Vida Loka estão presos na Penitenciária Federal de Brasília.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação