
Antes de entrar no Hospital Brasília e atirar contra a enfermeira Priscila Pessoa, 45 anos, chefe do Pronto-Socorro, o delegado da Polícia Civil (PCDF) Mikhail Rocha e Menezes, 46, tentou comprar um celular no shopping Gilberto Salomão. O servidor público já tinha atirado contra a mulher dele, Andréa Rodrigues Machado, 40, e a empregada doméstica, Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45.
Segundo informações obtidas pelo Correio, ao deixar o condomínio Santa Mônica, no Jardim Botânico, o delegado foi até o centro comercial, acompanhado do filho de 7 anos, para comprar um celular. Ele teria pedido o aparelho do funcionário para fazer uma ligação e perguntou ao rapaz se ele poderia vender esse mesmo aparelho.
O funcionário respondeu que o celular não estava à venda. Nervoso, o delegado jogou o telefone sobre o balcão e deixou o local com o filho. Depois, seguiu aparentemente para o Hospital Brasília.
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Ataque
No hospital, Mikhail chegou dizendo que precisaria de atendimento prioritário para o filho, pois a criança estaria doente. Sem querer esperar, ele atirou contra a enfermeira, que estava na pediatria.
Priscila foi atendida às pressas e segue em estado considerado grave. Nessa quinta-feira, ela passou por cirurgia e está na unidade de terapia intensiva (UTI). Além dela, a mulher de Mikhail e a empregada doméstica também estão com o quadro de saúde delicado.
Internação
Testemunhas contaram em depoimento que as falas do delegado eram desconexas e que ele aparentava estar em surto. Na noite dessa quinta-feira, Mikhail deu entrada no Hospital de Base e está internado na ala psiquiátrica. Apesar da internação, a Justiça do DF converteu em preventiva a prisão flagrante do delegado na manhã desta sexta-feira (17/1) em audiência de custódia.
A Polícia Civil do DF informou oficialmente que, após os procedimentos realizados na Corregedoria da PCDF, o policial foi conduzido à Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP). "Durante a triagem, ele foi avaliado por um médico da unidade, que recomendou encaminhamento à ala psiquiátrica do HBB. Atualmente, o custodiado permanece sob supervisão médica com escolta policial", declarou a corporação.