JULGAMENTO

Pai que teria agredido filho de 2 anos até a morte vai a júri no Paranoá

O crime ocorreu em 17 de outubro de 2023. A morte foi causada por agressões que provocaram uma hemorragia interna intensa e o rompimento do pâncreas da criança

O pai da criança confessou o crime e foi indiciado por homicídio qualificado  -  (crédito: Arquivo Pessoal)
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O pai da criança confessou o crime e foi indiciado por homicídio qualificado - (crédito: Arquivo Pessoal)

O julgamento de Wagner Pereira da Silva, acusado de agredir até a morte o filho de 2 anos de idade, será realizado em 30 de janeiro. A sessão do Tribunal do Júri ocorrerá a partir das 9h, no Fórum do Paranoá. O homem teria provocado a morte da criança após cometer agressões que levaram a uma hemorragia interna intensa (choque hipovolêmico) e ao rompimento do pâncreas.

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por homicídio quadruplamente qualificado: motivo torpe (o pai não gostava que a mãe protegesse o filho), emprego de meio cruel (golpes repetidos e violentos), uso de recurso que dificultou a defesa da vítima (o réu esperou que a mãe saísse de casa) e crime cometido contra menor de 14 anos que era seu descendente direto, se enquadrando na Lei Henry Borel, criada em maio de 2022.

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Violência

O crime ocorreu no Paranoá, em 17 de outubro em 2023, quando Wagner teria se aproveitado da ausência da esposa, Patrícia Viriato da Silva, 25, para agredir a criança. A mãe relatou aos investigadores que o homem tinha problemas psicológicos e que o impediu anteriormente de bater no filho. Ela disse que queria preservar o casamento, mas, em outro episódio, chegou a registrar boletim de ocorrência com base na Lei Maria da Penha. No entanto, retirou a queixa logo em seguida.

O socorro do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado por Patricia. Quando as equipes chegaram ao local, constataram a morte do menino e solicitaram providências da Polícia Militar (PMDF). Wagner foi conduzido a 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, e confessou o crime. Ele segue preso e se for condenado pode pegar pena de 12 a 30 anos de prisão. O acusado é formado em educação física e havia sido aprovado para dar aulas como professor temporário na rede pública do DF.

 

Davi Cruz*
DC
postado em 22/01/2025 17:06