
O avanço da tecnologia, a disseminação do conhecimento e a ampliação do acesso aos tratamentos são os pilares que devem moldar o futuro da neurorreabilitação, segundo o presidente da World Federation for Neurorehabilitation (WFNR), Volker Hömberg. Em palestra nesta quarta-feira (7/5), durante o 1º Congresso Latino-Americano da WFNR, realizado em Brasília, o especialista destacou as perspectivas da área e alertou para os desafios éticos no uso de novas ferramentas, como a inteligência artificial.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu
“A aplicação da inteligência artificial vai se desenvolver muito rápido. Ela abre uma nova janela não só para a administração e o ensino, mas também para a criação de novas tecnologias”, afirmou Hömberg. Apesar do otimismo, ele ponderou que o uso da IA precisa ser acompanhado de supervisão humana. “Existe sempre o risco de fraude e desinformação. Precisamos alimentá-la com fontes científicas de alta qualidade e ter muito cuidado com isso”, alertou.
Segundo o médico, a popularização das tecnologias digitais e da IA pode ajudar a democratizar o acesso a tratamentos de reabilitação neurológica de alta complexidade, que hoje ainda estão concentrados em poucos centros especializados. “Muitas pessoas no mundo não têm acesso ao que é feito aqui. Precisamos encontrar maneiras de ajudá-las. A comunicação digital e a IA serão extremamente úteis para isso”, ressaltou.
Durante a palestra “O futuro da neurorreabilitação”, o presidente da WFNR também relembrou a origem do congresso latino-americano, idealizado em parceria com a neurocientista brasileira Lúcia Willadino Braga, diretora da Rede Sarah. Segundo ele, esta edição marca o início de um ciclo de encontros regulares na região. “Este é o ponto de partida para encontros anuais ou bienais de neurorreabilitação na América Latina. Esperamos ampliar a interação com nossos colegas da região e fortalecer a colaboração científica”, destacou.
Cidades DF
Cidades DF
Cidades DF