Organização criminosa

Falso financiamento: operação prende suspeitos de aplicar golpes com carros abaixo da tabela FIPE

Durante a operação, um dos suspeitos foi flagrado tentando fugir com uma mala contendo R$ 80 mil em espécie e uma arma furtada

08/06/2020. Crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. 15 DP da Ceilandia e sala para atendimento da Mulher. -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
08/06/2020. Crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. 15 DP da Ceilandia e sala para atendimento da Mulher. - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou na manhã da quinta-feira (26/6) a Operação Falso Finan. A ação, conduzida pela 15ª DP, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa acusada de aplicar dezenas de golpes utilizando uma empresa de financiamento, localizada em Ceilândia Norte.

Ao todo, a operação visava cumprir seis mandados de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão no estabelecimento comercial. Cinco alvos foram capturados, enquanto uma das investigadas segue foragida.

Durante a ação, um dos alvos foi preso ao tentar fugir de casa carregando uma mala com cerca de R$ 80 mil em espécie e uma arma de fogo furtada.

Confira quem foram os presos durante a operação: 

  • Maria Gabriele Oliveira dos Santos
    Maria Gabriele Oliveira dos Santos Reprodução
  • Marcos Vinícius da Silva Viana
    Marcos Vinícius da Silva Viana Reprodução
  • Joyce Larissa Alves Rodrigues
    Joyce Larissa Alves Rodrigues Reprodução
  • Ericles Queiroz de Oliveira
    Ericles Queiroz de Oliveira Reprodução
  • Larissa Coimbra Costa
    Larissa Coimbra Costa Reprodução
  • Guilherme Silva Pereira
    Guilherme Silva Pereira Reprodução

Modus operandi

O modus operandi do grupo era anunciar carros por preços abaixo da tabela FIPE em redes sociais e plataformas de venda online. O esquema incluía:

1. Anúncios e contato online com falsos vendedores;

2. Negociação simulada, com vídeos e documentos para passar credibilidade;

3. Solicitação de sinal antecipado, no valor de 5 mil;

4. Desvio de discurso após o pagamento, alegando que o valor era apenas para uma “consultoria financeira”;

5. Não entrega do carro e devoluções parciais ou inexistentes.

As vítimas, em sua maioria de classe média e baixa, eram de outros estados, como Goiás, São Paulo, Bahia e Piauí. A estratégia era pulverizar as ocorrências policiais e dificultar qualquer investigação.

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Apreensões

Durante a busca na loja, a PCDF apreendeu um VW/Golf usado reiteradamente nos golpes. O mesmo carro foi "vendido" de forma fraudulenta ao menos seis vezes para vítimas diferentes.

Também foram recolhidos notebooks, computadores, celulares e documentos, que serão periciados. A operação segue com análise das novas provas.

Responsabilização

Segundo a PCDF, os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa, cuja pena varia de 3 a 8 anos de reclusão, além de multa, e por estelionato, com pena de 1 a 5 anos de reclusão para cada vítima identificada. Como os golpes foram aplicados por meio eletrônico, a pena pode ser aumentada em um terço.

A somatória das condenações pode ultrapassar décadas de prisão, dependendo da quantidade de vítimas confirmadas.

postado em 27/06/2025 21:07
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