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Novo bairro do DF será para todas as rendas, explica presidente da Ademi-DF

Em entrevista ao CB.Poder, o novo presidente da Ademi-DF, Celestino Fracon Júnior, disse que serão 52 mil moradores no Setor Habitacional Jóquei Clube e haverá empreendimentos de baixo, médio e alto padrões

O novo presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Celestino Fracon Júnior, falou sobre a criação do novo bairro, o Setor Habitacional Jóquei Clube ao CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília — desta segunda-feira (28/7). Ele destacou que a área vai atender todas as faixas de renda e, ao todo, serão 52 mil moradores. Outro tema abordado com as jornalistas Mariana Niederauer e Mila Ferreira foi a última reunião de aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), que irá acontecer na próxima quinta-feira. 

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Como esse novo bairro aquece o mercado imobiliário local? Quais são as características desse setor habitacional?

Ele fica localizado na área do antigo Jóquei Clube, entre o Setor de Inflamáveis, Vicente Pires, EPTG e Estrutural. O local tem uma área de 2,2 milhões de metros quadrados e possui uma estimativa de receber cerca de 52 mil moradores. O projeto foi desenvolvido levando em conta o que há de mais moderno em preocupações ambientais e de transporte. O projeto do bairro conta com uma grande avenida central, que segue orientações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a regularização dos prédios. Os prédios mais altos irão ficar mais perto da avenida e vai ser feito um escalonamento de alturas, à medida que as construções se distanciam da avenida. Teremos edifícios de 21 metros até 58 metros de altura, ou seja, 6 a 18 andares, respectivamente. 

Esse projeto, assim como o do Noroeste, teve doação de projetos da Ademi para o DF?

Como existe uma dificuldade, principalmente em relação ao tempo para o governo desenvolver esses projetos, iniciamos uma parceria com o GDF no Noroeste, onde a associação doa o projeto de forma integral para o governo, para que ele possa fazer a comercialização desses lotes. Essa parceria foi replicada agora para o Jóquei Clube. Fizemos a doação do projeto para o GDF. Temos certeza de que muitos empregos vão ser gerados e vamos distribuir renda, iremos ter nossa participação para a sociedade. 

Qual faixa de renda vocês planejam atender com esse bairro?

Por conta da envergadura do projeto, ele atende todas as faixas de renda. Vamos ter empreendimentos desde a baixa renda, ou seja, teremos baixo, médio e alto padrões sendo construídos no mesmo bairro. Não existe nenhum tipo de restrição.

Como a Ademi está acompanhando o processo do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot)?

Como uma sociedade civil organizada, estamos acompanhando de muito perto. Temos uma cadeira no Conselho de Planejamento do Distrito Federal, onde essas discussões acabam culminando. Acompanhamos todas as audiências e as consultas (públicas). Fizemos as nossas contribuições no que diz respeito ao setor e estamos bastante confiantes. O Pdot está na fase do Conselho de Planejamento. Teremos uma reunião na próxima quinta-feira e nossa expectativa é de que ele seja votado e aprovado no Conselho. Depois de aprovado, ele é remetido à Câmara Legislativa (CLDF) para efetivamente haver as discussões lá dentro e fazer a promulgação da lei.

O que o senhor destaca sobre a resiliência do mercado imobiliário? 

O resultado do Índice de Velocidade de Vendas (IVV) do mês de maio foi de 7,4%. A nossa leitura é que esse índice é extremamente saudável, o mercado se mostra bastante resiliente. Também vemos um mercado que pesa em momentos de incerteza pelos quais passa, como momentos de juros altos. É importante frisar que o imóvel é um porto seguro, as pessoas enxergam isso e procuram comprar mais imóveis. 

Qual a sua perspectiva de quais serão os principais desafios do seu trabalho neste biênio?

Comecei a nova gestão no início de julho. O objetivo da gestão é dar continuidade no que vinha sendo trabalhado. É justamente dar apoio e fazer a interlocução com o Poder Público, principalmente no que tange às legislações que são pertinentes ao setor. E o combate veemente às irregularidades como invasões de terras.

Veja a entrevista completa:

* Estagiário sob a supervisão Malcia Afonso

https://www.correiobraziliense.com.br/webstories/2025/04/7121170-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html 

 

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