DENÚNCIA

Erika Hilton pede prisão de conselheira tutelar do DF por conduta discriminatória

O caso teria ocorrido em 2024, quando a conselheira tutelar teria reproduzido falas preconceituosas contra uma adolescente de 17 anos, estuprada pelo próprio pai

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) pediu a prisão e a destituição de uma conselheira tutelar que atua no Conselho Tutelar do Sol Nascente/Pôr do Sol, no Distrito Federal. A parlamentar acusa a conselheira de ter revitimizado uma adolescente de 17 anos, estuprada pelo próprio pai, durante atendimento.

Segundo uma postagem feita na rede social X da deputada, em vez de oferecer acolhimento, a conselheira teria atacado a jovem com falas lesbofóbicas e religiosas, como “ser lésbica e ateia é coisa do demônio”, “vou te provar que Deus existe” e “o que você está me dizendo é pecado”. A deputada também afirma que, ao final do atendimento, a conselheira apresentou um conteúdo de automutilação e impôs uma escolha entre mudar de cidade sem celular ou permanecer com a mãe.

A deputada classificou a conduta como “nojenta, desumana, cruel e revoltante”, e disse que o episódio levou a vítima a tentar tirar a própria vida. Erika Hilton pede que a conselheira seja responsabilizada por homotransfobia — termo usado para criminalizar todas as formas de LGBTFobia — e indução ao suicídio.

Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) informou que recebeu a denúncia contra a conselheira e que o caso está sendo analisado pela Comissão de Ética e Disciplina dos Conselhos Tutelares. Segundo a pasta, já foram feitas diligências e solicitadas informações a órgãos externos, cujas respostas estão em análise.

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A Sejus reforçou que acompanha a apuração “com seriedade e transparência”, assegurando o devido processo legal e o direito de defesa da conselheira.

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