
A perícia preliminar apontou asfixia causada pelo cinto como possível causa da morte da pequena Laura Rebeca Ribeiro dos Santos, de 1 ano e 4 meses, segundo informações apuradas pelo Correio. A criança morreu enforcada em um bebê conforto, em uma creche domiciliar, no Setor O, em Ceilândia, na tarde dessa quinta-feira (12/12).
O laudo final, no entanto, deve ficar pronto até a semana que vem. O resultado preliminar confirma o que foi narrado pela cuidadora. Segundo depoimento prestado à polícia, ela afirmou que trabalha há mais de quatro anos atendendo crianças em sua residência e que o bebê estava sob seus cuidados pela primeira vez naquele dia. Relatou que a colocara para dormir pela manhã em um bebê-conforto, no chão do quarto, presa pelo cinto, enquanto cuidava de outras crianças. Disse que saiu brevemente para buscar alunos na escola e que, nesse período, a supervisão ficou a cargo do marido.
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A cuidadora declarou que a criança permaneceu sonolenta ao longo do dia e foi novamente colocada no quarto para descansar. Ao retornar, por volta das 13h, afirmou tê-la visto ainda dormindo e encostou a porta para evitar barulho. Contou que estranhou o tempo prolongado de sono e, ao entrar novamente no quarto, encontrou a criança virada no colchão, aparentemente roxa, concluindo que ela teria tentado sair do bebê-conforto.
Disse que retirou o cinto, entrou em desespero e pediu que o marido acionasse o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo o relato, eles tentaram reanimar a criança, seguindo as orientações por telefone até a chegada da equipe. Afirmou ainda que cuidava da criança apenas naquele dia, em regime de diária.
O caso é investigado pela Polícia Civil, por meio da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), como homicídio culposo (sem intenção). A fase agora é de coleta de depoimentos e análise das câmeras de segurança da creche. O imóvel contava com monitoramento eletrônico instalado nos principais cômodos da casa, e os equipamentos já foram apreendidos pelos investigadores. O conteúdo deve ajudar a esclarecer a dinâmica da morte.

Cidades DF
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