Mutirão

Hospital Universitário abraça programa que encurta filas da rede pública

Mais de 500 procedimentos, neste sábado (13/12), no HuB, otimizaram filas da rede pública, a partir de ação do governo federal, no programa Agora tem Especialistas

Paciente com câncer de fígado, Gentil de Souza teve benefício de mais assistência, ao lado da esposa Márcia de Souza -  (crédito: Ricardo Daehn/ CB DA Press)
Paciente com câncer de fígado, Gentil de Souza teve benefício de mais assistência, ao lado da esposa Márcia de Souza - (crédito: Ricardo Daehn/ CB DA Press)

O motorista autônomo aposentado Gentil Ferreira de Sousa, aos 65 anos, que traz histórico de internação no Hospital de Regional de Ceilândia, de passagem pelo Hospital de Base e ainda de ter precisado de cuidados no Hospital de Taguatinga, teve a difícil jornada pelos corredores de hospitais encurtada, a partir de uma ação do programa Agora tem Especialistas, que transcorre desde a manhã deste sábado (13/12), em escala nacional. "O Dia E é uma mobilização conjunta da rede Ebserh, com hospitais universitários, alinhada ao Ministério da Saúde e o Ministério da Educação. Mais de 45 hospitais brasileiros integram a ação que tem planejadas cerca de 2,2 mil cirurgias eletivas e mais de 52 mil procedimentos, em escala nacional. A lógica é a da redução das filas nos atendimentos. Além de cirurgias, se tem procedimentos de diagnóstico e consultas médicas especializadas, diante de um esforço concentrado", demarca o biomédico José Alexandre Buso Weiller, assessor de planejamento ligado à infraestrutura da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

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Gentil Ferreira, atendido no Hospital Universitário de Brasília (605 Norte), passou pelo setor de medina nuclear. "Ele precisou de exame de cintilografia óssea para detecção de metástase, uma vez que tem câncer de fígado. Na ação social de hoje, pudemos trazê-lo e antecipar o diagnóstico", contou o enfermeiro Flávio Andrade, chefe do setor de apoio e diagnóstico do HuB. Levado de ambulância, o marido de Márcia de Souza, 58, que esteve internado ontem, tem lutado desde julho contra o câncer. "Agilizaram muito, com o encaminhamento para cá. Foi muito rápido e vimos prestatividade nos excelentes profissionais", comemorou Márcia, que reside com Gentil em Alexânia.

Quem também comemorou os resultados de otimização do trabalho foi o médico nucelar Renato Marcos Amaral. Terça-feira, o seu Gentil deve ter laudos em mãos, num incremento de entrega de laudos. "Hoje, com a ação no HuB, atenderemos 22 pacientes que estavam aguardando a realização de cintilografia e de perfusão cerebral, um exame de alta complexidade. Pacientes oncológicos, com os exames, por exemplo, definem melhor a extensão da carga tumoral, e isso completa o quadro clínico definido para o tratamento. Com as perfusões cerebrais são gerados resultados para as pessoas com quadro de esquecimento e investigação de demência, auxiliando geriatras ou neurologistas à frente desses casos", pontuou o médico.

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"Neste sábado temos 41 indígenas aqui conosco, já que somos referência nesta atenção especializada. Ao todo, o HuB terá 572 procedimentos realizados na ação", destaca Mônica Sampaio, gerente de atenção à saúde, e diretora técnica do hospital. Indígena vinda da aldeia Capivara, Diana Kaiabi, aos 39 anos, se beneficiou da ação federal do governo que, resultou, na primeira edição, em 12,5 mil atendimentos, e, na segunda, em 34 mil. Vinda do Médio Xingu, aos 39 anos, ela, sem marcação de consulta, deu os primeiros passos na delicada situação enfrentada há três meses: com a ultrassonografia transvaginal teve avaliação do sistema reprodutor, depois de sofrer aborto. O próximo mutirão, no HuB, tem previsão para março ou abril de 2026.

  • Uma otimização das filas alcançou pacientes como a indígena Diana Kaiabi, a segunda no banco
    Uma otimização das filas alcançou pacientes como a indígena Diana Kaiabi, a segunda no banco Foto: Uma otimização das filas alcançou pacientes como a indígena Diana Kaiabi, a segunda no banco
  • O médico nuclear Renato Marcos Amaral trouxe mais agilidade para laudos
    O médico nuclear Renato Marcos Amaral trouxe mais agilidade para laudos Foto: Ricardo Daehn/ CB DA Press
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postado em 13/12/2025 15:51 / atualizado em 13/12/2025 15:52
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