O laboratório alemão BioNTech anunciou, nesta terça-feira (30/3), que pretende fabricar em 2021 até 2,5 bilhões de doses de sua vacina desenvolvida com a americana Pfizer, o que representa 25% a mais do que inicialmente anunciado.
As capacidades de produção deverão aumentar devido à "otimização dos processos de produção", de "ampliação da rede de produção", além da autorização para retirar seis doses de um frasco, explica a empresa em um comunicado.
Até 23 de março, a companhia forneceu com seu parceiro "mais de 200 milhões de doses" da vacina contra a covid-19 no mundo.
A autorização, na semana passada, para o funcionamento de um novo local para a produção de doses na Alemanha, em Marburg (sul), deve apoiar o aumento das capacidades - com uma produção de 250 milhões de doses prevista para o primeiro semestre -, para eventualmente chegar a um bilhão de doses por ano.
A fábrica de Marburg, a cerca de 100 quilômetros de Frankfurt, é o segundo centro de produção da vacina BioNTech/Pfizer na Europa, além da planta de Puurs, na Bélgica.
Sua vacina, que foi a primeira a ser autorizada nos Estados Unidos e na União Europeia, agora é administrada em "mais de 65 países e regiões", de acordo com Ugur Sahin, chefe e cofundador da companhia com sede em Mainz (oeste).
"Já estamos vendo os primeiros sinais de queda nos casos de covid-19 e da mortalidade em vários países", explicou ele, acrescentando que o laboratório agora está trabalhando nas variantes e em testes clínicos adicionais.
Em particular, um estudo da vacina em crianças entre 6 meses e 12 anos foi lançado em março.
No total, a BioNTech tem pedidos de 1,4 bilhão de doses este ano e espera "um aumento da demanda", segundo seu comunicado.
A aliança germano-americana também possui três unidades de produção nos Estados Unidos.
Recentemente, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) autorizou o armazenamento dessa vacina em temperaturas de congelador, superiores às permitidas até o momento, o que facilitará sua distribuição.
No plano financeiro, a vacina contra a covid-19 permitiu à BioNTech gerar um lucro anual de 15,2 milhões de euros no ano passado, contra um prejuízo de 179,2 milhões em 2019, de acordo com os resultados publicados nesta terça-feira (30/3).
A empresa espera uma receita total de 9,8 bilhões de euros pelos contratos de entrega assinados, juntamente com um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento em 2021.
No total, a BioNTech gastou 645 milhões de euros em pesquisas em 2020, um aumento acentuado devido ao desenvolvimento da vacina contra o coronavírus.
Saiba Mais
- Mundo Hidrogênio verde, uma corrida em todos os continentes
- Cidades DF Militares do Bope apreendem cinco armas dentro de carro em Santa Maria
- Diversão e Arte Sessão da Tarde: 'A fabulosa Gilly Hopkins' é exibido nesta terça-feira (30)
- Diversão e Arte Sessão da Tarde: 'O dilema' é exibido nesta quarta-feira (31)
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.