PFIZER

Eficácia da Pfizer contra covid sofre brusca queda após segunda dose

Taxa de proteção contra hospitalização e morte permanece em 90%. Cientistas alertam para a manutenção das medidas restritivas

Amanda Oliveira
postado em 08/10/2021 16:10 / atualizado em 08/10/2021 16:11
 (crédito: Angela Weiss / AFP)
(crédito: Angela Weiss / AFP)

A vacina da Pfizer/BioNTech sofre uma redução significativa de sua eficácia cerca de dois meses após a aplicação da segunda dose, passando de 88% para 47% de proteção. É o que mostram os estudos realizados em dois países e publicados, na última quarta-feira (6/10), no periódico científico New England Journal of Medicine.

Os cientistas alertam para a taxa de proteção contra hospitalização e morte, que se mantém em 90%. Segundo eles, é necessário continuar com as medidas restritivas para evitar o contágio até mesmo para pessoas que já completaram o ciclo de imunização.

No estudo realizado em Israel, foram avaliados 4.800 profissionais da área da saúde. Os resultados revelam que a diminuição dos anticorpos, após as duas doses, ocorre "especialmente entre homens, entre pessoas com 65 anos ou mais e entre imunossuprimidos”.

Em casos onde as pessoas vacinadas já tiveram contato com o vírus, o período de imunidade é ainda maior. “Evidências acumuladas em nosso estudo mostram que a resposta imune de longo prazo e a eficácia da vacina em pessoas previamente infectadas foram superiores àquelas que receberam duas doses do imunizante”, informam os cientistas em entrevista à rede americana CNN.

Já no Catar, os pesquisadores analisaram o contágio pelo coronavírus em pessoas já vacinadas. “A proteção induzida pela BNT162b2 [Pfizer/BioNTech], contra a covid, aumenta rapidamente após a primeira dose. Atinge o pico no primeiro mês após a segunda dose e, em seguida, diminui gradualmente nos meses seguintes. A diminuição parece acelerar a partir do quarto mês, até chegar a um nível de aproximadamente 20% nos meses subsequentes”, explicam.

Segundo eles, a redução na eficácia pode estar relacionada ao comportamento da pessoa. Em casos onde o contato social é maior e as medidas restritivas não são levadas a sério, a queda na proteção pode ser ainda elevada.

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