Espaço

Missão norte-americana provavelmente não conseguirá pousar na Lua

Cerca de sete horas após a decolagem uma "crítica perda de combustível" foi reportada. Agora, a missão pretende chegar o mais próxima da Lua o possível

A missão da Astrobotic Technology que pretendia fazer o primeiro pouso norte-americano na Lua em 50 anos não conseguirá atingir o objetivo, anunciou a empresa na noite desta segunda-feira (8/1). Segundo a companhia, após um vazamento só há combustível na sonda Peregrine o suficiente para viajar cerca de 40 horas, por isso, a missão agora é chegar o mais próximo possível da superfície lunar. 

A sonda decolou na madrugada de segunda-feira e o pouso na Lua era planejado para 23 de fevereiro. Mas cerca de sete horas após a decolagem uma  "crítica perda de combustível" foi reportada. "Se os propulsores puderem continuar a operar, acreditamos que a nave espacial poderá continuar num estado estável de orientação por aproximadamente mais 40 horas com base no consumo atual de combustível", disse a empresa em comunicado. 

A Astrobotic Technology pretendia ser a primeira empresa privada dos Estados Unidos a aterrissar na Lua. O veículo leva experimentos científicos, mas nenhuma pessoa. “Se olharmos para o curso da história, apenas cerca de metade dessas missões foram bem-sucedidas. E a maioria deles foi financiada por superpotências com orçamentos muito maiores do que os concedidos a esta missão. Portanto, é um desafio muito, muito grande”, disse John Thornton, CEO da Astrobotic, em coletiva de imprensa antes do lançamento. 

Em fevereiro, outra empresa, a Intuitive Machines, também pretende tentar pousar na superfície lunar. A empresa com sede em Houston é liderada por ex-executivos da Nasa. Até agora, um pouso suave no satélite natural da Terra só foi alcançado por algumas agências espaciais nacionais: a União Soviética foi a primeira, em 1966, seguida pelos Estados Unidos, que continua a ser o único país a ter levado humanos à Lua.

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