
Berço da democracia e filosofia, a Grécia Antiga também foi pioneira na poluição ambiental por chumbo. A descoberta arqueológica publicada na quinta-feira (30/1) evidencia sedimentos contaminados retirados do Mar Egeu, que datam cerca de 5,2 mil anos atrás – 1,2 mil anos antes da evidência mais antiga previamente conhecida, encontrada na Sérvia.
A descoberta revela que a poluição tóxica começou antes da Revolução Industrial (século XVIII). Na antiguidade, a liberação de chumbo na atmosfera era um resultado da fundição de minério de cobre e prata, quando a condensação como poeira parava no solo.
Embora a poluição tenha se iniciado na Grécia Antiga, foi durante o Império Romano que ela se intensificou significativamente. Uma explosão de emissão de chumbo foi registrada há cerca de 2.150 anos, data da conquista da Grécia pelos romanos (146 a.C.).
Na pesquisa, os arqueólogos analisaram o teor de chumbo em amostras gregas em combinação com dados similares da região. O método possibilitou a investigação de como as mudanças culturais e sociais afetaram o ecossistema do local em 5 mil anos.
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A poluição marinha coincide com um alto nível de desmatamento e expansão da agricultura na Grécia sob domínio romano, o que indica o amplo impacto das ações humanas conforme a sociedade foi se capitalizando, segundo o estudo.