
Espécie de aranha noturna, as Psechrus clavis usam vaga-lumes já capturados para atrair outras presas explorando o sinal da presa como uma isca enganosa. A estratégia foi descrita em um estudo publicado no Journal of Animal Ecology.
Segundo o estudo, as aranhas dessa espécie não consomem imediatamente os vaga-lumes machos Diaphanes lampyroides capturados como faz outros insetos. Em vez disso, elas os mantém preso enquanto eles emitem o sinal bioluminescente, cuja duração pode chegar a uma hora.
Para testar essa hipótese, os cientistas realizaram um estudo de manipulação de campo utilizando luzes de LED similares ao sinal bioluminescente emitidos pelos vaga-lumes. A pesquisa foi realizada por cientistas da Tunghai University na floresta de coníferas da Área Educacional Natural de Xitou.
O experimento mostrou que a presença do sinal simulado do inseto aumentou três vezes as taxas de atração e interceptação de presas nas teias das aranhas quando comparadas com as sem iluminação.
Os pesquisadores frisam que embora os simuladores de LED tenham sido calibrados para reproduzir comprimentos de onda e intensidades semelhantes aos desses insetos, os cientistas alertam para as limitações do método. Segundo eles, o uso de vaga-lumes reais proporciona resultados mais precisos, mas a complexidade logística torna essa abordagem inviável na prática.
Ciência e Saúde
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