
Após atingir, nesta quarta-feira (29/10), o ponto mais próximo do Sol, o cometa interestelar 3I/ATLAS voltou a ser visível e confirmou a trajetória esperada por cientistas, afastando-se do Sistema Solar. O fenômeno foi registrado pela missão PUNCH, um conjunto de pequenos satélites que estudam o Sol, e marcou o retorno do cometa ao campo de visão dos astrônomos após a conjunção solar, quando ele fica do lado oposto do Sol em relação à Terra.
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Durante o periélio, o ponto de maior aproximação solar, o cometa apresentou sinais de intensa atividade, incluindo uma anticauda incomum e a presença de um possível jato de gás. Os dados iniciais indicam que o corpo celeste manteve a rota inalterada, afastando suspeitas de qualquer origem artificial.
- Leia também: 3I/Atlas: cometa interestelar se aproxima do sol
O 3I/ATLAS segue, agora, em direção às regiões mais externas do Sistema Solar, passando atualmente pela órbita de Marte.
Nas próximas semanas, será alvo de novas observações espaciais. A Agência Espacial Europeia (ESA) planeja usar a missão JUICE, que segue rumo à Júpiter, para captar dados do cometa entre os dias 2 e 25 de novembro. "Usaremos cinco instrumentos para analisar o 3I/ATLAS à distância. Devido à posição da sonda, a taxa de dados é muito baixa, e só teremos acesso às informações em fevereiro de 2026", explicou Olivier Witasse, cientista da ESA.
A maior aproximação do cometa à Terra ocorrerá em 19 de dezembro, quando ele estará a cerca de 269 milhões de quilômetros do planeta. A partir de domingo (2/10), espectadores também poderão observá-lo nas primeiras horas da manhã, próximo ao planeta Vênus.

Ciência e Saúde
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