TELEVISÃO

Após casos de agressão psicológica e racismo, patrocinadores discutem regras do BBB

Representantes da Avon e da Coca-Cola expressaram preocupação com os recentes episódios envolvendo os brothers na Casa

Correio Braziliense
postado em 07/04/2021 19:48
 (crédito: Reprodução/Globo)
(crédito: Reprodução/Globo)

Nesta última terça-feira (6/4), ao conversar com o recém eliminado Rodolffo sobre o episódio de racismo envolvendo o cabelo black power de João, o apresentador Tiago Leifert externou que a Rede Globo está preocupada com certo temas sensíveis da sociedade nas próximas edições do reality show. “Que oportunidade nós estamos tendo de não deixar que isso aconteça no BBB22. Tá bom, já. Já deu. Bola para frente", disse.

Mas não é só a emissora que está atenta às questões de abuso psicológico, machismo, homofobia e racismo envolvendo a edição. Marcas que estão patrocinando o BBB21 têm demonstrado, também, preocupação com os brothers.

Num encontro virtual promovido pela agência Wunderman Thompson, nesta terça-feira (6/4), representantes das marcas Avon e Coca-Cola fizeram um balanço positivo do programa, mas confirmaram a preocupação com os temas e disseram que estão conversando com a emissora sobre como as regras de convivência dentro da casa poderiam mudar para a próxima edição.  

A vice-presidente de marketing da Avon, Danielle Bibas, contou que a desistência do Lucas Penteado, colocou o assunto em pauta entre as empresas e a emissora.

"Uma das conversas que a gente teve é que faz parte do regulamento do BBB que, se uma pessoa agredir a outra, a direção do programa tem o direito de eventualmente expulsar esse participante. Agressão física. O tema que foi levantado é: até que ponto vai a agressão psicológica, que pode se tornar tão ruim ou pior que uma pessoa dar um tabefe na cara do outro", disse a executiva.

"Existe uma discussão aí sobre quais são as regras nessa área - que é o assédio moral, o assédio psicológico, o racismo, a verbalização do racismo. O que pode e o que não pode? É delicado, é difícil, não é fácil. Tem muita gente cobrando a Globo e os patrocinadores sobre o que vai ser feito nesse caso. E eu acho que todos nós estamos aí para aprender e evoluir como o programa vai trazer essas discussões à tona de uma maneira saudável, que não vá gerar nenhum perigo para ninguém", acrescentou.

A líder da Coca-Cola na América Latina, Poliana Sousa, manifestou, em conversa, a mesma preocupação: "A sociedade não tolera mais. E o palco de um programa desses, com alta visibilidade, alta exposição, também é palco para estas discussões. E realmente, todos estamos aprendendo. Acho que a Globo vai aprender e as coisas vão evoluindo com o tempo", observou.

"A gente é contra qualquer tipo de discriminação e a gente vai estar junto com a Globo nesses aprendizados e entender como precisa evoluir, que é o ponto da Dani. É importante o debate. E como isso pode gerar um aprendizado e uma reflexão em todos nós, o que é legal e o que não é legal".

 

Recorde de patrocinadores 

O BBB21, dentre os vários recordes quebrados dentro do programa, também atingiu o número recorde de patrocinadores. São oito principais: Americanas, Amstel, Avon, C&A, McDonald's, P&G, PicPay e Seara. Destes, Americanas, PicPay e Avon são cotistas "big" e estão sendo expostos na Globo, no Multishow e nas plataformas digitais da companhia.

Os cotistas chamados "anjos" são: Amstel, C&A, McDonald's, P&G e Seara. Eles possuem espaço na TV aberta, mas não nos produtos digitais. Ao todo, o patrocínio deve chegar a R$ 530 milhões durante toda a edição.

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