Evento

Encontro de autoras celebra Dia da Mulher Negra Latinoamericana

Data especial é comemorada em 25 de julho, mas o evento I Julho das Pretas que Escrevem no DF ocorre neste sábado (24/7), das 15h às 18h, na Banca da Conceição, na Quadra 308 Sul

Pedro Marra
postado em 23/07/2021 15:55 / atualizado em 23/07/2021 15:59
A Banca da Conceição vai receber encontro de autoras neste sábado -  (crédito: Zuleika Souza/CB/D.A Press)
A Banca da Conceição vai receber encontro de autoras neste sábado - (crédito: Zuleika Souza/CB/D.A Press)

Para reunir, saudar e apresentar as escritoras pretas do Distrito Federal, ocorre, neste sábado (24/7), das 15h às 18h, na Banca da Conceição, na Quadra 308 Sul, o I Julho das Pretas que Escrevem no DF. O evento celebra o Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha, comemorado em 25 de julho. O encontro tem presenças confirmadas de algumas escritoras negras importantes para a capital do país.

Entre romancistas, contistas, poetisas, cronistas e acadêmicas, as jornalistas Jacira Silva e Rosane Garcia, precursoras da presença da mulher negra em redações de jornais brasilienses, e a educadora e ativista cultural Lydia Garcia serão homenageadas. A programação também vai contar com a presença das autoras e um sarau. Serão respeitadas as medidas sanitárias para conter a pandemia da covid-19.

A escritora Waleska Barbosa, idealizadora da mobilização e autora do livro de crônicas Que nosso olhar não se acostume às ausências, destaca o encontro de mulheres pretas de épocas diferentes. "É um encontro ao ar livre, em um espaço simbólico e aberto, onde o público poderá conhecer e bater papo com as autoras e elas, nós, poderemos nos conhecer, reconhecer, apontar um espaço a partir do nosso corpo-político. Nem imaginamos o caminho que está por trás de cada obra de autoria feminina negra que consegue ser parida e o evento é uma oportunidade para descobrir”, diz. 

Para uma das criadoras do Coletivo Escrevivências, Zane do Nascimento, o Julho das Pretas que Escrevem no DF é uma oportunidade de divulgar vozes plurais. “Um chamamento generoso à troca e escuta entre mulheres negras”, garante a participante.

Autora de onze livros, Cristiane Sobral acredita que é necessária a criação de redes de consumo e produção entre as escritoras pretas. “Alcançar os nossos leitores e construir a nossa visibilidade – isso é política, aquilombamento, estratégia de anunciação da revolução preta”, diz.

 

Waleska conta como se deu a criação do evento junto às demais mulheres. “Essa primeira edição não será perfeita. Será a possível. Queremos mostrar nosso trabalho e dizer que existimos para além da resistência. Fui pensando em formatos, lugares, até chegar na banca da Conceição Freitas, uma das autoras em exposição. E aí, o evento foi se fazendo por força dessa ciranda preta, que está aberta para quem chegar. Queremos segurar as mãos umas das outras”, diz.

Autora de Nem trabalha nem estuda? desigualdade de gênero e raça na trajetória das jovens da periferia de Brasília, Ismália Afonso orgulha-se de poder expor a arte enquanto mulher preta no DF. “Nossa literatura, nossa produção científica e intelectual oferece a quem nos lê a oportunidade de conhecer o mundo a partir de quem sempre esteve silenciada nos espaços de reconhecimento social e de poder. Cada linha escrita por uma mulher negra é uma parte da realidade que se descortina”, analisa. 

Serviço

I Julho das Pretas que Escrevem no DF
Quando: Sábado, 24 de julho de 2021
Horário: 15h às 18h
Local: Banca da Conceição, na Quadra 308 Sul

Contato

Waleska Barbosa
(61) 9 9948-1398
@carnawaleska

Instagram

@julhodaspretasqueescrevemdf

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