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Após período sem shows ao vivo, barzinhos voltam com apresentações

Depois de tanta crise provocada pela pandemia, as casas noturnas do DF começam a oferecer boa música, sempre preservando as regras sanitárias

Correio Braziliense
postado em 14/08/2021 06:00
Feitiço das Artes tem como ponto alto a roda de samba  -  (crédito: Jerson Alvim/Divulgação)
Feitiço das Artes tem como ponto alto a roda de samba - (crédito: Jerson Alvim/Divulgação)

A música volta aos poucos, e com todo cuidado, a alegrar os frequentadores do circuito das casas noturnas da capital. Depois de um longo período sem poderem promover shows ao vivo, por conta da pandemia de covid-19, bares e restaurantes, em vários pontos do Distrito Federal, retomaram suas atividades e vêm abrindo os palcos para cantores, instrumentistas e grupos. As apresentações têm ocorrido não apenas nos finais de semana, mas também em outros dias.

O público tem prestigiado a performance de intérpretes dos mais diversos gêneros musicais, o que deixa clara a pluralidade do gosto do brasiliense em relação à mais popular das manifestações culturais brasileiras. O Diversão & Arte separou alguns espaços onde se pode ouvir choro, samba, pop, rock, jazz, música sertaneja e axé music e conversou com proprietários desses estabelecimentos comerciais. Todos fizeram questão de destacar o cumprimento das medidas preventivas determinadas pelas autoridades sanitárias, em relação ao novo coronavírus.

Feitiço das Artes (306 Norte) — Com uma programação eclética desde julho último, o Feitiço das Artes tem como ponto alto a roda de samba comandada pelo conjunto do cavaquinista Nelsinho Serra (foto), aos sábados, com início às 12h. Às quartas-feiras tem show do cantor sertanejo Gleno Rossi; às quintas-feiras, roda de choro com o grupo liderado pela bandolinista Tiago Tunes; e às sexta-feiras, show da banda Let it Beatles. “A casa foi inaugurada em abril deste ano, funcionando inicialmente apenas como restaurante, pelo sistema delivery, por causa da pandemia. Desde julho, estamos levando ao público música de qualidade e a acolhida tem sido boa”, destaca o diretor artístico Jerson Alvin. “Nas noites de sábado, as atrações são cantoras de MPB, como Lúcia de Maria”, acrescenta.

Brooklin (706/707 Norte) — Aberta em 2019, a Brooklin tem investido em música nos finais de semana, a partir das 19h30, desde a inauguração. O som das sextas-feiras fica a cargo de DJs. Sábado a noite é do Jazz; e aos domingos ouve-se bossa nova, pop e soul. Bell Lins (foto) vem cumprindo temporada aos domingos. “Atuamos aqui como curadores e artistas. No momento, enquanto resolvemos a demanda relacionada com a utilização da área externa, estamos há duas semanas sem funcionar, mas esperamos retomar as atividades como bar, restaurante e casa de show nos próximos dias”, explica o também DJ Chicco Aquino.

Galeria Novo Mundo (CLN 413 Norte) — Misto de bar, restaurante e galeria de arte e palco para shows, a Novo Mundo existe desde 2017. Depois de um longo período fechada, em razão da pandemia, voltou a funcionar em abril, logo depois da flexibilização determinada pelo governo do Distrito Federal. “Como possuímos um espaço aberto, podemos reunir as pessoas com mais comodidade e segurança para assistirem a apresentação de talentosos artistas da cidade, em shows de jazz, choro e outros estilos musicais. Passaram por aqui, grandes instrumentistas como o violonista Manassés de Souza, o contrabaixista Oswaldo Amorim (foto), o saxofonista Ademir Júnior e os bandolinistas Dudu Maia e Ian Coury”, diz o sócio-proprietário Felipe Krause. “Neste sábado, quem se apresenta é o gaitista Pablo Fagundes, anuncia.

Vila Jeri (Setor de Clubes Esportivos Norte) — Um dos novos points da noite brasiliense, o Vila Jeri oferece uma variada programação musical, que inclui MPB, sertanejo, pagode e axé music, em seu amplo espaço, próximo ao lado do Motonáutica. “Desde a inauguração, temos recebido um público expressivo em nossas instalações. Procuramos promover shows de cantores e grupos da cidade, que estão entre os mais populares”, ressalta o proprietário Maurício Rodrigues. “Às sextas-feiras, quem vem cumprindo temporada é o cantor de axé Guga Camafeu (foto), que possui muitos admiradores”, complementa.

Outro Calaf (Setor Bancário Sul) — Depois de ficar fechado por quatro meses, também por causa da pandemia, o Outro Calaf, ao reabrir as portas, em junho, voltou com sua programação musical de quinta-feira a domingo e algumas alterações. O 7 na Roda, por exemplo, passou a comandar a concorrida roda de samba aos domingos, das 18h às 23h. As noites de quinta e sexta-feira são dedicadas ao o funk (com MCs e DJs). A tradicional feijoada de sábado é animada pelo grupo SambôChorô (foto). “Precisamos fazer uma reformulação na grade de shows, para nos adaptar aos novos tempos. Limitamos também a presença do público, seguindo as recomendações das autoridades sanitárias”, informou Priscila Calaf.

Clube do Choro (Eixo Monumental) — “Como o Espaço Cultural do Choro continua fechado, tivemos que nos reinventar, para manter o Clube do Choro funcionando. Criamos, então, dois projetos, que ocupam a área externa”, comenta o violonista Henrique Neto, coordenador da programação. “Às sextas-feiras, a partir das 18h, promovemos o Lado B, com a participação de artistas ligados a outros gêneros musicais. Recentemente, tivemos como convidada a regueira Izabelle Rocha, ex-Natiruts. Já o Domingo no Clube, que agora vai das 12h às 17h, abre espaço para cantores e cantoras de MPB e serve um almoço à base da culinária mineira. Uma vez por mês, ocorre a tradicional roda de choro”, adiciona. A consagrada roda de samba foi mantida no sábado, regada a feijoada e animada pelo conjunto formado por Valerinho Xavier (cavaquinho), Dudu 7 Cordas (violão), Breno Alves (pandeiro e voz) e Guto Martins (percussão) — (foto).

Rio Butiquim (Avenida Araucária, Águas Claras) — Depois de seis anos de funcionamento o Rio Butiquim ficou fechado por vários meses, em função da pandemia. Ao voltar a funcionar em maio último, manteve a programação semanal de shows para todos os gostos. “Nosso público é bastante diversificado e, por isso, cada dia é dedicado a um estilo musical”, observa a proprietária da casa Carol Alves. “A segunda-feira é dia de MPB; terça, sertanejo; quarta, pop rock e axé; quinta, pop rock; sexta-feira, sertanejo. No sábado, samba a partir das 14h e rock nacional e internacional, às 19h. No domingo quem se apresenta é o grupo Mais Uma Vez (foto)”, lista.

Bar Kaixa d’Água (CNF 2, Lote 1) — Tradição na noite de Taguatinga, o Kaixa d’Água é outro bar, restaurante e casa de show que conviveu com sérios problemas ao ter que fechar as portas por um longo período, em função da pandemia. Ao retomar as atividades, em maio, Jaile “Kareka”, o proprietário, festejou bastante e voltou abrir o palco para música, uma de suas paixões. “Nosso bar é um espaço democrático, que acolhe artistas de diferentes gêneros musicais. Oferecemos desde recitais de voz e violão, com a boa e velha MPB, a shows de bandas de rock, como Naftalina, Paulo Mesquita e Os Brancos (foto) e o duo formado por Bruno Z e Betão Nascimento”.

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