CINEMA

Clint Eastwood e thriller psicológico 'Escape room' são destaques da semana

Aos 91 anos, Clint Eastwood demonstra uma vitalidade impressionante ao estrelar e dirigir mais um filme, um faroeste dramático que se passa no final dos anos 1970

Naum Giló*
postado em 16/09/2021 06:00
Clint Eastwood: ator veterano retorna às telas com invejável disposição em Cry macho: o caminho da redenção -  (crédito: Slaven Vlasic/AFP)
Clint Eastwood: ator veterano retorna às telas com invejável disposição em Cry macho: o caminho da redenção - (crédito: Slaven Vlasic/AFP)

Entre as estreias da semana, um dos principais destaques é o retorno do vencedor do Oscar e símbolo dos filmes de velho oeste, Clint Eastwood, às telas do cinema, com a sua invejável disposição física e mental, aos 91 anos, em dirigir e estrelar filmes. Em Cry macho: o caminho para a redenção, Eastwood é Mike Milo, um ex-astro de rodeio e criador fracassado de cavalos, que, em 1979, aceita uma proposta de trabalho de um ex-chefe para trazer o jovem filho desse homem, vítima dos abusos da mãe, do México para casa. Forçado a tomar o caminho de volta para o Texas, Milo enfrenta uma jornada durante a qual descobre conexões inesperadas e seu próprio senso de redenção.

Para os amantes de suspense, a sequência do thriller psicológico Escape room chega repetindo a mesma fórmula do primeiro filme, muito semelhante à usada pela franquia de Jogos mortais. Em Escape room 2 - tensão máxima, seis pessoas encontram-se presas em salas onde precisam resolver alguns enigmas. O problema é que algumas armadilhas mortais podem gerar um fim trágico para os personagens. Como em Jogos mortais, o lance da obra é o questionamento de valores e o confronto com um passado condenável. Adam Robitel também dirige a segunda parte da franquia.

Outra novidade do cinema americano é a ficção científica Mate ou morra, mais um daqueles filmes cujo lapso temporal mexe com o imaginário do espectador. O ex-agente das forças especiais, Roy Pulver (Frank Grillo), se vê forçado a viver o dia de sua morte inúmeras vezes. De uma forma ou de outra, ele sempre acaba morrendo no final, mesmo lutando para que isso não ocorra. Mas a descoberta de uma mensagem da esposa revela o envolvimento do cientista Ventor (Mel Gibson) nesse ciclo mortal e percebe que a sua família também corre perigo. Movimentado pelo ritmo de ações frenéticas, o longa é assinado por Joe Carnahan.

Migração e conflitos

Com produção dividida entre Alemanha, Suíça e Reino Unido, Bagdá vive em mim retrata os conflitos entre algumas vertentes mais radicais do islã com o ocidente. As histórias de vida de Taufiq, um escritor fracassado, de Amal, uma arquiteta se escondendo do marido, e do jovem Muhannad, gay, especialista em tecnologia, se cruzam no Abu Nawas, um café aconchegante e ponto de encontro popular para exilados iraquianos em Londres (Inglaterra). Nasseer, sobrinho de Taufiq, instigado pelo pregador de uma mesquita islâmica radical, ataca o tio, que desaprova o conservadorismo, e transforma a vida de todos os frequentadores do Abu Nawas. A direção é de Samir.

Lançamentos nacionais

Mais uma produção que leva a assinatura de Márcio Garcia, Reação em cadeia é recheada de cenas de ação e muita velocidade. O longa conta a história de Guilherme (Bruno Gissoni), um auditor que descobre um desfalque na empresa onde trabalha e se envolve numa rede de corrupção que abastece o sistema político brasileiro. Ao se enredar emocionalmente com uma antiga colega de escola, interpretada por Monique Alfradique, descobre estar em uma cilada maior ainda ao saber que ela é namorada do problemático Zulu (André Bankoff). Lavagem de dinheiro e tráfico de drogas são alguns dos problemas abordados na obra, cujo roteiro é assinado por Garcia e Thiago Dottori. Márcio também comandou o drama Angie (2012) e a comédia romântica Amor por acaso (2010).

Com direção de Sérgio Rezende, O jardim secreto de Mariana, conta a história de um casal que tem o relacionamento interrompido de maneira abrupta. Alguns anos após a separação, João, interpretado por Gustavo Vaz, decide seguir uma longa jornada de bicicleta para tentar convencer Mariana (Andreia Horta), de que o romance nunca deveria ter acabado. O amor, que ainda existe, é posto em xeque.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco

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