A direção da Escola Aladdin, no Pechincha, Zona Oeste do Rio de Janeiro, enviou um comunicado a pais e responsáveis fazendo alertas sobre a série Round 6 , da Netflix . Recém-lançada, a produção sul-coreana já se tornou um dos maiores sucessos da plataforma.
Constava no documento enviado aos responsáveis, que a Escola particular estava demonstrando preocupação com o impacto da produção nos alunos do Ensino Fundamental, pois nos últimos dias, estariam "obcecados" com a série. A carta aponta que o sucesso mundial , de nove episódios, contém "violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, cenas de sexo, pederastia e palavras de baixo calão".
"Sabemos que é responsabilidade da família decidir o que é melhor para suas crianças, mas enquanto educadores temos o dever de alertar e honrar o compromisso com a Educação. Certos de sua compreensão, nos colocamos a disposição para qualquer esclarecimento que se faça necessário", informa o texto.
De acordo com o jornal O Globo , que conversou com os diretores da unidade de ensino, alunos entre sete e oito anos estariam comentando sobre a série nos horários mais flexíveis. As crianças também estariam reproduzindo brincadeiras que fazem alusão ao assassinato de personagens.
"Estranhamos muito isso, porque a série traz um teor inapropriado para a idade dos alunos. Sentimos necessidade de emitir esse alerta aos responsáveis. Muitos pais nos agradeceram, e o que está nos surpreendendo é que isso repercute além da comunidade escolar. Alcançou uma proporção maior e abriu um debate", afirmou ao jornal a coordenadora pedagógica do Jardim-Escola Aladdin, Fabiana Barreto.
Leia a carta aberta enviada pela escola Aladdin
Prezados,
A parceria entre escola, família e sociedade é fundamental para o sucesso da Educação. Sendo assim, nosso objetivo com esta carta é alertar aos responsáveis sobre algo que temos escutado durantes os dias com nossos alunos e tem nos chamado atenção.
No dia 17 de setembro de 2021, foi lançada na NETFLIX a série ‘ROUND 6’. A série coreana, com classificação etária de 16 anos, está batendo os ‘records’ de audiência, inclusive nas redes sociais como: Facebook, Instagram e Tik Tok.
O conteúdo da série que contém: violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, cenas de sexo, pederastia, palavras de baixo calão entre outras coisas tem sido assunto entre nossos alunos durante o recreio e horários livres.
A série, utiliza-se de brincadeiras simples de criança como: ‘Batatinha frita 1,2,3’, ‘Cabo de guerra’, ‘Bolas de gude’ e outras, para assassinar a ‘sangue frio’ as pessoas que não atingem o objetivo final. O que nos causa preocupação é a facilidade com que as crianças acessam esse material.
Lembramos, apenas para informação, que canais de Streaming como a NETFLIX e outros possuem a ‘Restrição de visualização por classificação etária’, uma ferramenta preciosa para que nossas crianças acessem somente o conteúdo apropriado à sua idade.
Sabemos que é responsabilidade da família decidir o que é melhor para suas crianças, mas enquanto educadores temos o dever de alertar e honrar o compromisso com a Educação. Certos de sua compreensão, nos colocamos a disposição para qualquer esclarecimento que se faça necessário.
Atenciosamente, Direção.
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