Literatura

Livro 'Reportagem -— da ditadura à pandemia' revive história do Brasil

Márcia Turcato lança o livro 'Reportagem —da ditadura à pandemia', com reportagens que vão da época da ditadura até a pandemia

Júlia Cândido*
postado em 15/10/2021 16:32 / atualizado em 15/10/2021 16:33
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

No livro Reportagem — da ditadura à pandemia, a autora Marcia Turcato aborda os bastidores de reportagens da época do golpe militar de 1964 até a pandemia global provocada pelo coronavírus. Em 20 capítulos, ela mergulha em registros de experiências próprias nos anos vividos durante esses dois episódios.

Márcia conta que quis trazer para o livro informações pouco divulgadas pela mídia sobre dois temas significativos da história recente do país. A autora narra momentos simbólicos e importantes da história de Brasília e do Brasil, como o declínio do ex-governador José Roberto Arruda e o regresso de Brizola ao país.

Epidemias que despertaram alerta no sistema público de saúde, tais como a cólera, a influenza e a covid-19 ganham destaque no livro, que também traz algumas reportagens descontraídas como duas viagens para a Antártica e um episódio com bicicletas no Amapá. A jornalista conta que foi uma experiência única e enriquecedora. “Eu fui com repórteres fotográficos, com um amigo meu fotógrafo, o João Paulo, e fomos pra fazer reportagem de turismo de aventura pro Correio Braziliense. Eu fazia freelancer lá, e eu sou muito aventureira. Consegui o contato com a Secretaria de Turismo do Amapá, e eles aceitaram apoiar. Eu e o João fomos num lugar do extremo norte, a gente queria atravessar o rio pra chegar numa antiga república, onde um francês declarou independência nesse pedaço da terra que na época se chamava República Independente do Cunani. Nós vimos que tinham umas bicicletas, bem 'comunzinhas', e a gente foi pedalando até chegar na margem do rio", conta. Eu até caí da bike duas vezes no meio da trilha”, lembra, aos risos.

A jornalista conta também que, ao atravessarem, pediram para alguns senhores os levarem em um bote. Durante o trajeto, se depararam com histórias de idosos que contaram como era a vida no vilarejo. “Agora é um vilarejo quilombola e os idosos contaram que só se falava francês”, brincou a escritora. Explicou também que a primeira história do livro é engraçada, uma forma de estimular o leitor a continuar a leitura. Segundo ela, o título pode assustar um pouco mas não se trata apenas de ditadura e pandemia, por isso decidiu colocar em outros capítulos histórias e memórias de outros momentos.

O livro foi lançado pela editora Telha e já está disponível para compra em formato digital e físico pelo link. 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação