Música

Fora da zona de conforto, Wallows prepara lançamento do segundo álbum

"Qual a graça de fazer música com toda essa segurança?", afirma Dylan Minnette em entrevista ao Correio sobre o novo álbum do Wallows

Pedro Ibarra
postado em 23/10/2021 14:00
Wallows alcançou sucesso expressivo no primeiro álbum, 'Nothing happens' e agora prepara segundo, ainda sem título -  (crédito: Anthony Pham/Warner Music/Divulgação)
Wallows alcançou sucesso expressivo no primeiro álbum, 'Nothing happens' e agora prepara segundo, ainda sem título - (crédito: Anthony Pham/Warner Music/Divulgação)

Finalizando os últimos detalhes, a banda norte-americana Wallows caminha para apresentar ao mundo o segundo álbum de estúdio. A banda que lançou também o EP, Remote, pretende trazer uma face musical diferente para o novo trabalho. Ainda misterioso, sem nome nem data de estreia, o novo disco já foi iniciado com o lançamento do single I don’t want to talk em setembro.

O grupo formado por Dylan Minnette, Braeden Lemasters e Cole Preston se prepara para trilhar caminhos menos confortáveis. “Posso garantir que não é um álbum seguro para o Wallows, nossos fãs vão se sentir confortáveis ouvindo, mas ao mesmo tempo não é algo dentro da nossa zona de conforto exatamente”, conta Dylan sobre o novo trabalho. A ideia de mudar é o que tem motivado a banda. “O que mais nos empolga é fazer música que não é segura, qual a graça de fazer música com toda essa segurança?”, questiona o vocalista e guitarrista conhecido pelo papel de Clay Jensen na série 13 reasons why, da Netflix.

“Nós estamos muito empolgados com ele, trabalhamos durante o ano todo”, conta Cole Preston, baterista do grupo. “Para o Wallows, esse disco é igualmente inovador e um retorno para o que fez as pessoas se interessarem pela banda lá no início. Eu acredito que as pessoas vão achar atualizado e ao mesmo tempo reminiscente do que todos que nos acompanham gostam da gente”, complementa e já avisa: “O novo álbum está basicamente 99,9% pronto”.

Braeden Lemasters, baixista e vocalista, explica que parte da motivação para que desbravassem uma música diferente está na conta do produtor, Ariel Rechtshaid, e traça um comparativo com o antecessor Nothing happens, 2019. “O nosso primeiro álbum foi muito guitarra, baixo e bateria, ele ia diretamente ao ponto, foram as nossas músicas que já tínhamos escrito mas com um temperinho”, lembra. “Este é diferente, nós mostramos para o Ariel e em um esforço conjunto e em um trabalho colaborativo transformamos em algo mega temperado. Algumas músicas estão completamente diferentes da ideia que demos no início”, acrescenta.

A primeira amostra do álbum veio no dia 30 de setembro com o single I don’t want to talk. “Essa música tem uma luz para mim, nós a fizemos de forma muito orgânica”, pontua Braeden. “Há menos escolhas convencionais na produção que se sobressaem e impedem que a canção seja apenas mais uma música rock”, fala Dylan que ainda aponta que a canção foi pensada para os shows. “Nós quisemos trazer uma energia que soasse ao vivo, porque foi para isso que essa música foi feita, para ser tocada em shows e para as pessoas se divertirem enquanto a assistem”, completa.

Volta aos palcos e Brasil

I don’t want to talk é o só início do planejamento do Wallows para a retornar a interagir com público. A banda já marcou turnê para o início de 2022, e está ansiosa para o reencontro com os fãs. “Poder levar o Wallows de volta ao seu público traz um sentimento tão revigorante, estimulante e empolgante”, diz Minnette. “Acho que uma das coisas mais importantes para nós como banda é a possibilidade de estar na mesma sala que pessoas que nos ouvem, que se importam conosco e dividir nossa experiência com elas”, adiciona.

“Nós fizemos muitas coisas durante a quarentena, tanto do novo álbum como do Remote e só pudemos ver reações escritas e on-line, e isso é muito bom para nós, porém ver nossos fãs cantando na nossa frente, só fato deles estarem na nossa frente, isso tudo vai ser incrível”, expõe a estrela da Netflix.

Quando o assunto são os fãs, o Brasil alcança o coração da banda. “Eu acho que os nosso fãs brasileiros são com certeza os mais dedicados, alguns deles são claramente nossos maiores fãs , o amor é palpável”, conta Dylan que já afirma que espera a melhor atmosfera possível. “Nossas expectativas são altas, todos os nossos fãs querem muito que a gente vá, então eu tenho impressão que pode ser um dos melhores shows das nossas vidas”, adianta.

O trio viria ao Brasil em abril de 2020 para Lollapalooza em São Paulo, porém, com o advento da pandemia, o festival foi remarcado e a vinda deles na nova data em março de 2022 é remota. Contudo, a banda confirma que os planos de vir para o Brasil, em futuro próximo, estão de pé. “Nós iremos para o Brasil, temos planos reais de tocar aí. Estamos apenas esperando o melhor momento para ter certeza que tudo está certo, as viagens e tudo mais esteja funcionando direitinho. Nós estamos a caminho, isso é certeza”, garante Minnette.

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